No Tibete, o grau de repressão é muito maior. Apesar da liderança tibetana ser encarnada por um dos mais equilibrados e visionários lideres actuais, líder espiritual do Tibete há 68 anos, Prémio Nobel da Paz, que até já abdicou da independência, contentado-se com a autonomia para o seu povo, isso só tem conduzido a um maior radicalismo da posição chinesa, o que revela a verdadeira natureza opressiva e repressiva do regime de Beijing, talvez só ultrapassada pelos seus protegidos da Coreia do Norte.
Hoje a China é uma potência militar e económica em expansão. Patrocina regimes revoltantes como a Coreia do Norte, os genocidas do Sudão, enquanto esmaga com o nível de violência indispensável as manifestações dos tibetanos, que apenas querem liberdades básicas, como o uso da lingua mãe, ou a liberdade religiosa, sendo que hoje podem ser presos apenas por transportarem uma foto do seu líder religioso. No Tibete, o ataque aos valores tibetanos passa inclusive pela demografia, com a migração de chineses, de modo a que os valores tibetanos se percam pela força dos números.
Apesar da diferença entre o pigmeu tibetano e o gigante chinês, as manifestações actuais são um sinal do apelo irrestível pela liberdade, que vemos em tantas partes do mundo, hoje colocadas em causa apenas por regimes repressivos e que deviam ser tratados como párias! Será que isso acontece com a China? Não é o Ocidente culpado por tudo tolerar a este regime intolerável? Até quando vai tudo ser tolerado a este regime iníquo?!