terça-feira, 30 de janeiro de 2007

As mulheres vítimas de uma cilada!


Com tanta vontade de liberalizar o aborto, até parece que é algo que se faz entre a ida ao supermercado e a volta para casa, sem grandes complicações, como se fosse uma ida ao cabeleireiro. Nada se diz sobre os muitos efeitos prejudiciais psicológicos e físicos do aborto.
O aborto NÃO é seguro. Existem, por exemplo, quinze factores de risco psicológico que devem ser investigados antes de se submeter uma mulher a esta situação, e que normalmente não são investigados. As mulheres que fazem aborto, têm duas vezes mais probabilidade de aborto espontâneo, se ficarem grávidas novamente. Uma das razões disto é a "incompetência cervical" - durante um aborto o músculo cervical é distendido e aberto apressadamente, e consequentemente fica bastante fraco, o que dificulta o permanecer fechado para uma outra gravidez. Outra complicação é a gravidez utópica (gravidez extra-uterina, fora do útero), uma situação de risco de vida na qual, por causa do tecido fibroso no ventre devido a raspagem do aborto, um óvulo fertilizado é impedido de entrar no útero e assim começa a crescer na trompa de falópio, acabando por a romper. Desde que o aborto foi legalizado nos Estados Unidos, os casos de gravidez utópica cresceram 300%!
Muitas outras complicações físicas podem surgir. Também tem sido destacado o facto de as complicações e morte de mulheres que fizeram aborto não serem adequadamente reportadas, sendo mesmo essas situações registadas como tendo causas diferentes daquela que efectivamente as provocaram - o aborto. Deve, por isso, ficar claro que mesmo o aborto assistido medicamente não livra a mulher de morrer por causa dele.

Os efeitos psicológicos são também muito reais. As mulheres sofrem de PAS (Síndrome Pós-Aborto). As mulheres sentem o “luto incluso”; ou seja, uma dor que contamina o seu interior como um pús, porque elas e outros negam que uma morte real ocorreu. Por causa desta negação, o luto não pode propriamente existir, mesmo assim a dor da perda ainda está lá. Muitas têm flashbacks da experiência do aborto, pesadelos sobre o bebé, e até mesmo sofrimento no aniversário da morte. Uma mulher testemunhou que ainda sofre pelo aborto feito há 50 anos atrás! Ninguém preocupado com a mulheres pode responsavelmente ignorar estes factos.
O aborto é frequentemente apresentado como um problema de “direito das mulheres”. É visto como algo desejável para as mulheres, e como um benefício ao qual elas deveriam ter tanto acesso quanto possível. Na verdade, ser "pró-vida" é visto como sendo "contra os direitos da mulher".
O aborto prejudica a mulher, ignora os seus direitos. Quem quer que seja que se preocupe com as mulheres e os seus direitos deve conhecer estes factos, antes de advogar o aborto livre.
Na maior parte dos casos em que o aborto é feito, não se trata de uma questão de dar á mulher uma "escolha". Diversos estudos feitos sobre esta situação mostram que esta é, tragicamente, uma situação em que as mulheres sentiram que não tinham NENHUMA ESCOLHA. Sentiram que ninguém se importava com elas e com os seus bebés, não lhes restando outra alternativa que não o aborto. As mulher sentem-se rejeitadas, confusas, com medo, sozinhas, e sentem que foram usadas, incapazes de lidar com a gravidez – e, no meio disto tudo, vem a solução mágica da sociedade de consumo: "Não há razão para preocupação, o seu problema resolve-se ELIMINANDO O SEU BÉBÉ. Faça um aborto. É seguro, fácil, de graça e LEGAL”.
Acham que é isto que é bom para a mulher?! Acham a melhor solução para a mulher?
Se o aborto é uma situação boa para a humanidade, porque é que os que o apoiam escondem que são a favor do aborto, que votam sim que concordam com o aborto! Porque usam truques e mais truques para enganar.
Onde está uma mulher presa por ter abortado?! Se não existem mulheres presas, porque se mistifica o debate com única razão apontada pelos grandes defensores desta liberalização, porquê o “concorda com a prisão de mulheres”?!!

A liberalização do aborto não é uma questão de saúde pública, não é uma questão de direitos das mulheres. É uma questão política, meramente política, para a qual o PS, empurrado pelos imbecis políticos defensores das questões politicamente "fracturantes" e que agora, tão ironicamente, se tornam os grandes promotores do exercício da medicina privada, infelizmente na pior área possível: a do aborto fácil, liberalizado, e sem dúvida muitissimo rentável para qualquer médico que, negando o juramento de Hipócrates, resolva ganhar dinheiro com a morte de inocentes indefesos.
Um beijo para todos os que me estimam e respeitam.

sexta-feira, 26 de janeiro de 2007

O Meu Grito!..

Era tão pequeno que ninguém o via
Estava sereno e desenvolvia
Sem falar, pedia-porque era semente
-ver a luz do dia como toda a gente.

Não tinha errado.
Não tinha roubado.
Não tinha matado.
Não fizera mal.

Foi assassinado porque ninguém o queria.
Foi esterilizado com toda a mestria.




Taparam-lhe a boca!
Tratado como presa em toca.
Não soltou um grito.
Não teve manhã.
Nunca andou ao colo!
Não levou um beijo da sua mamã!
Não soube do mundo.
Não viu a magia.

Num breve segundo foi neutralizado...
Não teve direito de se defender...
Negaram-lhe tudo (o destino inteiro...)

-porque os abortistas nasceram primeiro.


Excerto do poema de Renato Azevedo.

segunda-feira, 22 de janeiro de 2007

Uma terceira ordem de razões para votar não

Alegar que o motivo para votar sim é acabar com a prisão das mulheres é uma enorme falsidade. Quantas mulheres estão presas por abortar? Quantas?!

De facto, o que está em causa não é uma mera despenalização, mas sim uma liberalização legalizada. O recurso às instituições publicas de saúde para abortar passa a ser um direito cívico. Essas instituições, que deveriam existir apenas para curar, querem que passem a ser um matadouro legalizado da espécie humana. As mulheres precisam de ser ajudadas, não ser convidadas a matar um ser que têm dentro delas. Para mim, tirar a vida a um ser humano é, e será sempre, um acto criminoso.

O aborto não é um direito da mulher. Ninguém tem o direito de decidir se um ser humano vive ou não vive. A mulher pode decidir se fica ou não grávida. Se optou por engravidar, por descuido ou não, não tem o direito de matar ou atirar o bebé que concebeu ao lixo ou pedir a alguém que o sugue por meio de uma seringa. Hoje só fica grávida quem quer!... Quem se deixou engravidar só tem de assumir e pedir apoio, se disso tiver necessidade. Pode sempre optar por dar o bebé para adopção, pode exigir e deve-lhe ser concedida a ajuda necessária.


Das 6 às 8 semanas de gestação



Um dos paradoxos desta sociedade é que se luta, tantas vezes anos e anos, para se conseguir ter um bebé, e inúmeros casais não o conseguem. Gastam-se milhões para ultrapassar o problema da infertilidade humana e querem, aquelas que tem esse dom maravilhoso, matar o ser que nada contribuiu para ser gerado. O lugar de maior segurança da criança passa a ser um lugar onde se pratica o crime da sua extinção.

segunda-feira, 15 de janeiro de 2007

Uma segunda ordem de razões para votar não ao aborto!...

Hipocrisia é olhar para o lado e fingir que não é nada connosco!

A legalização não é o caminho adequado para resolver o drama do "aborto clandestino", que acrescenta aos traumas da mulher-mãe que interrompe a sua gravidez, os riscos de saúde inerentes à precariedade das situações em que se consuma esse acto. Não sou insensível a esse drama, conheço as suas dimensões. Mas a luta contra esse drama social deve empenhar todos, e passa por um planeamento equilibrado da fecundidade, por um apoio decisivo às mulheres para quem a maternidade é difícil, pela dissuasão de todos os que intervêm no processo, muitas vezes com meros fins lucrativos. Por outro lado, ignora-se voluntariamente que a "clandestinidade" actual não radica, apenas, na lei vigente. O acto de "abortar" é um acto que raramente é algo que se quer público, que se enfrenta sem rebuços de consciência, e a procura de situações em que uma exposição pública mínima e o anonimato sempre se pretenderão. A vergonha do "abortar" permanecerá para muitas mulheres. É a minha convicção que, para além de uma classe social média ou média / alta, dificilmente a legalização tocará mais mulheres... e a classe média ou média alta já o faz em Espanha...


Até às 6 semanas de gestação


Um feto é um ser em gestação, como o provam os vídeos que aqui tenho publicado e que não têm origem politica. São vídeos da insuspeita National Geographic Magazine.

Dizem os que defendem o aborto: "vamos acabar com a hipocrisia"... Mas qual? A deles!!
Coincidencia ou não, quem é favorável ao aborto é, normalmente, contra a pena de morte. É isto ou não uma flagrante hipocrisia?! Como é possível que os mesmos que votam sim ao aborto e com isso sancionam, com força de lei, a morte de inocentes, sejam contra a pena de morte de criminosos?!

De que lado está a hipocrisia?!

sexta-feira, 12 de janeiro de 2007

A primeira razão para ser contra o aborto

O ser humano está presente desde o inicio da vida, quando ela é apenas embrião. E esta é hoje uma certeza confirmada pela ciência:todas as características e potencialidades do ser humano estão presentes no embrião. A vida é, a partir desse momento, um processo de desenvolvimento e realização progressiva, que só acabará na morte natural. O aborto provocado, sejam quais forem as razões que levam a ele, é sempre uma violência injusta contra um ser humano,que nenhuma razão justifica, eticamente.


A fecundação, início da vida



Assim a primeira razão contra o aborto é uma razão, ética, moral e no plano dos princípios: a da defesa da vida, essa maravilha da natureza, que não cessa de nos espantar e que o homem, apesar da sua arrogãncia, não conseguiu ainda reproduzir, mas que se apresta agora, aqui, em Portugal, para autorizar que seja legalmente destruída, ainda no ventre, lugar que devia ser de refúfio e protecção, mas que será um lugar de morte, para tantos bébés que, assim, não terão a oportunidade de experimentar a vida na sua plenitude.

Nada distingue, no plano da ética e dos valores, a aborto da eutanásia, da morte dos mais fracos, dos menos capazes fisicamente. Trata-se do mesmo desrespeito pela vida!

sexta-feira, 5 de janeiro de 2007

Pout pourri - A estranha fauna do futebol


Um dos golpes baixos do luso futebol


O nacional futebol proporciona-nos sempre interessantes casos de estudo sobre o comportamento do bicho homem... especialmente quando se tratam de questões relacionadas com dinheiro ou a relação com os poderes fácticos. Escolhi algumas situações, ao calhas, como diria o outro, que dão conta do peculiar comportamento da dita fauna. A ficção e a realidade misturam-se livremente no texto, ou não fosse isso o que vemos todos os dias!

1. João Pinto e os 4 milhões de euros

Os 4 milhões de euros pagos a João Pinto continuam a ser um caso de estudo. Começou o caso com a acusação a José Veiga, Dragão de Ouro e Director Desportivo do meu glorioso SLB (o que dá logo um sinal da peculiaridade do futebol!) de fuga ao fisco, branqueamento de capitais, e outros crimes inanarráveis.... O famoso jogador (ainda tenho na memória o gancho subrepticiamente infligido ao árbitro, no distante mundial da Coreia) convocado para prestar declarações há cerca de um mês, fê-lo, e o Dragão de Ouro José Veiga permaneceu arguido, a gritar a plenos pulmões a respectiva inocência e a vomitar ameaças (como convém a um bom dragão!).
Eis que, surpresa das surpresas, João Pinto, esmagado pelo insuportável peso da consciência (está-se mesmo a ver, não é?!), um mês depois, admite ter mentido na primeira declaração prestada à Judiciária (o que é crime) e afinal reconhece ter recebido os 4 milhões de euros, a título de pagamento de uma transferência à altura dita de custo zero (!!!), assegurando que era suposto ser o Sporting a pagar o IRS respectivo! O Sporting, paradigma supremo da transparência e da qualidade da gestão no pátrio futebol (de que é exemplo esta espantosa transferência a custo zero que custa 4 milhões de euros), ignorando a violência exercida sobre a matemática (400,000,000 = 0 ?!?), veio simplestemente afirmar que, afinal, quem tem de pagar o IRS é o jogador João Pinto... Espera-se que o despique seja desempatado pela Direcção Geral das Contribuições e Impostos, porque se mandam um dos árbitros domingueiros, já sabemos qual é o resultado!
Como é diferente o mundo do futebol!

2. Gilberto Madail os arguidos e os acusadores
O ainda presidente da Portuguesíssima Federação do pontapé na bola, conseguiu algo que nem Maomé conseguiria: juntou na sua lista de candidatos aos órgãos da F.P.B., arguidos no infame caso Apito Dourado, e procuradores responsáveis pela investigação do mesmo. Não bastava a estranheza do facto, e o candidato mor ainda se atreveu a dar uma espantosa justificação: numa democracia todos são inocentes até que se prove que são culpados!
Não há dúvida, Dr. Madail, o melhor para dirigir a arbitragem são pessoas com uma grande experiência em tudo o que a envolve. Nada melhor do que pôr os arguidos na lista, já que conhecem os meandros, e põem-se os procuradores na mesma lista, como garantia de que os arguidos não voltarão a pôr o pé em ramo verde... Espantoso!
Como é diferente o mundo do futebol!

3. Laurentino Dias, o justiceiro
Laurentino Dias prossegue, incansável, a sua luta contra a batotice no futebol nacional. Depois de uma infatigável luta, levada até às ultimas instâncias, em que o conhecido facínora, Nuno Assis, foi finalmente condenado, as próximas batalhas do inefável Secretário de Estado já estão definidas:
  1. Nomear uma comissão de combate à corrupção no futebol português. Os convites já estão feitos: Valentim Loureiro, João Loureiro, Pinto de Sousa, Pinto da Costa, Francisco Silva, José Guímaro e Carlos Calheiros;

  2. Para afastar a comissão da infernal ruideira à sua volta, que impediria um trabalho profícuo, a comissão irá em retiro espiritual para o Brasil;

  3. Os contribuintes não precisam de ficar preocupados, porque não se gastará qualquer cêntimo dos contribuintes com a deslocação e estadia em terras de Vera Cruz. Foi para isso que foi convidado o famoso árbitro Calheiros – ele sabe tudo sobre viagens gratuitas ao Brasil.


E agora repitam todos comigo: Ah, como é diferente o mundo do futebol!
Até prá semana!