sexta-feira, 26 de janeiro de 2007

O Meu Grito!..

Era tão pequeno que ninguém o via
Estava sereno e desenvolvia
Sem falar, pedia-porque era semente
-ver a luz do dia como toda a gente.

Não tinha errado.
Não tinha roubado.
Não tinha matado.
Não fizera mal.

Foi assassinado porque ninguém o queria.
Foi esterilizado com toda a mestria.




Taparam-lhe a boca!
Tratado como presa em toca.
Não soltou um grito.
Não teve manhã.
Nunca andou ao colo!
Não levou um beijo da sua mamã!
Não soube do mundo.
Não viu a magia.

Num breve segundo foi neutralizado...
Não teve direito de se defender...
Negaram-lhe tudo (o destino inteiro...)

-porque os abortistas nasceram primeiro.


Excerto do poema de Renato Azevedo.

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