segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Conclusão




Os espinhos que me feriram foram produzidos pelo arbusto que eu própria plantei.
Nada tenho a reclamar ou a lamentar.

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Pesquisas certeiras!!!


O tempo esbate as feridas e as más memórias - dores, afrontas, insucessos, golpes baixos. Mas não só. Também o espantoso e o grandioso é esbatido e banalizado pelo tempo. Habituamo-nos às coisas, e o seu lado fantástico e maravilhoso desaparece com essa habituação.
É uma lei natural, a que o amor – com o que ele pode ter de grandioso - não está imune. E é o que Úrsula Guin expressa de forma superior:

O amor é como o pão; tem que ser amassado, feito de novo, todos os dias.

A habituação e a falta de novidade podem de facto ser o túmulo do amor – um túmulo de onde ele não ressuscita mais, ou de onde só ressuscita nas nossas memórias, e nomeadamente nos mitos criados pela literatura e pelas publicações cor-de-rosa.

Mas há obviamente outras causas. Muitas vezes, no caso do amor romântico, é a ilusão que morre, são as miragens de seres maravilhosos que desaparecerem, para assumirem a sua condição plebeia.

Outras vezes é a falta de amor verdadeiro:

Quantos homens pensam que amam uma mulher, quando apenas queriam era realmente ter um orgasmo com ela? É desleal! Por acaso ela sabia disso...



Ele já não ama , como há dez anos atrás. Acredito piamente nisso. Ela não é a mesma, e tão pouco ele o é. Ele era jovem. (…) Talvez ele ainda a pudesse amar, se ela fosse como antes, se fosse apenas uma marionete, digamos um pau mandado, uma pessoa sem personalidade.Porque ela mudou, e percebeu o que até então não tinha percebido, ou não queria perceber,Ele deixou de a amar...Mas será que ele alguma vez a amou! ou apenas a usou...


Ou outros factores... O hábito e o tempo não são definitivamente explicação para tudo.

Desculpem o meu péssimismo, ou realismo, este texto é dirigido a quem não sabe amar, apenas conhece, a obecessão(do quero posso e mando) ou nunca entendeu o que é amar.

domingo, 17 de agosto de 2008

Saudade de beijar-te...


Peço à noite escura que me empreste o teu cheiro
E me traga uma réstia da lua que te sorriu hoje ao morrer do sol...
Quero apenas que me conte como são os teus olhos ao crepúsculo
Para que os possa desenhar na minha alma , lá bem no fundo...

Vou pintá-los da cor das avelãs...
E guardá-los junto ao sabor da hortelã
Que já guardei dos teus lábios quando me beijas-te...

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Já foi faz tempo amiga, mas ainda hoje o leio!


Ser mulher é viver mil vezes em apenas uma vida, é lutar por causas perdidas e sempre sair vencedora, é estar antes do ontem e depois do amanhã, é desconhecer a palavra recompensa apesar dos seus actos. Ser mulher é caminhar na dúvida cheia de certezas, é correr atrás das nuvens num dia de sol e alcançar o sol num dia de chuva. Ser mulher é chorar de alegria e muitas vezes sorrir com tristeza, é cancelar sonhos em prol de terceiros, é acreditar quando ninguém mais acredita, é esperar quando ninguém mais espera. Ser mulher é identificar um sorriso triste e uma lágrima falsa, é ser enganada e sempre dar mais uma chance, é cair no fundo do poço e emergir sem ajuda. Ser mulher é estar em mil lugares de uma só vez, é fazer mil papéis ao mesmo tempo, é ser forte e fingir que é frágil pra ter um carinho. Ser mulher é se perder em palavras e depois perceber que se encontrou nelas, é distribuir emoções que nem sempre são captadas. Ser mulher é comprar, emprestar, alugar, vender sentimentos, mas jamais dever, é construir castelos na areia, vê-los desmoronados pelas águas e ainda assim amá-las. Ser mulher é saber dar o perdão, é tentar recuperar o irrecuperável, é entender o que ninguém mais conseguiu desvendar. Ser mulher é estender a mão a quem ainda não pediu, é doar o que ainda não foi solicitado. Ser mulher é não ter vergonha de chorar por amor, é saber a hora certa do fim, é esperar sempre por um recomeço. Ser mulher é ter a arrogância de viver apesar dos dissabores, das desilusões, das traições e das decepções. Ser mulher é ser mãe dos seus filhos e dos filhos dos outros e amá-los igualmente. Ser mulher é ter confiança no amanhã e aceitação pelo ontem, é desbravar caminhos difíceis em instantes inoportunos e fincar a bandeira da conquista. Ser mulher é entender as fases da lua por ter suas própria fases. É ser “nova” quando o coração está a espera do amor, ser “crescente” quando o coração está se enchendo de amor, ser “cheia” quando ele já está transbordando de tanto amor e “minguante” quando esse amor vai embora. Ser mulher é hospedar dentro de si o sentimento de perdão, é voltar no tempo todos os dias e viver por poucos instantes coisas que nunca ficaram esquecidas. Ser mulher é cicatrizar feridas de outros e inúmeras vezes deixar as suas próprias feridas sangrando. Ser mulher é ser princesa aos 20, rainha aos 30, imperatriz aos 40 e especial a vida toda. Ser mulher é conseguir encontrar uma flor no deserto, água na seca e labaredas no mar. Ser mulher é chorar calada as dores do mundo e em apenas um segundo já estar sorrindo. Ser mulher é subir degraus e se os tiver que descer não precisar de ajuda, é tropeçar, cair e voltar a andar. Ser mulher é saber ser super-homem quando o sol nasce e virar cinderela quando a noite chega. Ser mulher é acima de tudo um estado de espírito, é ter dentro de si um tesouro escondido e ainda assim dividi-lo com o mundo.

domingo, 10 de agosto de 2008

Palavras que ficaram por dizer!




Não tenho muito, mas o pouco que tenho é teu .Se te sentires sozinho e
se ninguém te quiser ouvir, não esqueças que eu sempre te ouvirei, seja a hora que for de noite ou de dia .Se estiveres triste com a falta de um ombro amigo, fecha os olhos e não temas, pensa em mim e eu estarei aí para te apoiar a cabeça. Sei que muitas vezes sentes vontade de gritar… Sentes o vazio e ninguém está ao teu lado para te acudir. Que vida Madrasta pensas tu! Nada corre como tu queres. Nada acontece por acaso, disse alguém um dia…Mas se te esticares um bocado, reparas que mesmo ao teu lado, está a solução para tudo. Só precisas de reparar bem e ser mais tolerante…Tudo virá ao teu alcance, basta que queiras. Não me julgues pelo mal que te fiz! Pecados todos temos e quem não os tiver, que atire a primeira pedra. Não julgues os meus erros, julga as minhas virtudes, os dois erramos. Sou réu do meu próprio sentimento. De falsos moralistas está o inferno cheio. Eu, sou humana e como humana também peco, estou consciênte disso. Pecar é fácil eu sei, sei também que perdoar é mais difícil.
Vivemos tantas coisas juntos, impossíveis de esquecer, fizemos tantas promessas, tantos projectos. Sei que nem sempre é fácil cumprir promessas.
Custa pensar que tudo foi em vão. Impossível é, os meus olhos não ficarem como torneiras de água corrente, ao pensar que o tempo passou e que foram ditas palavras que jamais serão esquecidas e repetidas, e que foram vivídos momentos impossíveis de ser repetidos, e que existiram flashes que jamais alguém viveu. Sinto-me perdida, sozinha, á deriva num mar revolto. Vezes houveram, em que me magoaste muito, outras porém em que te magoei a ti. O tempo passou, o final foi implacável, crue! Onde pára o meu amor... Onde pára o meu companheiro de caminhada, onde Pará o meu escudo, onde pára o meu conselheiro. ONDE ESTÁS MEU TESOURO! A quem pertences agora, a quem contas os teus segredos! Eu estou perdida, entupida de dor, farta de tudo e de todos farta do mundo. Sei que errei, se ao menos me perdoasses!
Conheço-te bem e sei que não o farás nunca! Viras-te a cabeça para outro lado e deixaste-me pelo caminho. Caminho escuro vazio solitário. Nada mais faz sentido…Nada mais interessa.
Não sou perfeita, longe de mim pensar que sou perfeita. Mas, que fui para ti, o que nunca fui para ninguém, acredita que é verdade.
Não avaliei bem no início,a dimensão do estrago que podia causar na minha vida, fui tola,inconsciente. Não quis escutar os conselhos de cuidado, deixei-me levar por palavras lindas e juras de amor. Quando estavas comigo,tudo era fácil,e eu não avaliei a destruição da minha vida, agora não tem remédio.
Foi tudo como um balão de oxigénio, esse balão subiu e rebentou, como era inevitável.Assim ficou a minha vida, em farrapos e impossível de consertar.
Deixaste-me sozinha a lamber as feridas e a apanhar os farrapos do balão.

Está a doer muito sabes!!! MUITO