quarta-feira, 27 de abril de 2011

Banana á Split!

Olá amigos, neste desalento em que se encontra a sociedade portuguesa, tenho muita necessidade de falar. Como a minha forma de falar é, através da escrita, aqui estou eu. Assustada, preocupada, sem saber como será amanhã, porque eu hoje tenho emprego, e por quanto tempo! Não sei, neste momento da minha vida, o meu salário é muito importante. Até as crianças ouvem falar em FMI e crise e mesmo elas estão baralhadas. Sei porém que neste momento ter emprego, significa ter um rendimento mensal. A grande preocupação é, se perder o meu emprego como será!!!

Ficou assim a minha banana á Split

Uma receita económica e muito deliciosa...

Banana á Split!
Comprar bananas grandes, descascar e dividir a meio. Colocar no prato de servir á mesa virada uma para a outra.
Deitar na parte do meio duas bolas de gelado, uma de baunilha, outra de chocolate. Cobrir as metades da banana com chantilly, “como a imagem mostra”
Salpicar deforma gourmét com chocolate quente. Enfeite com folhitas de hortelã. Eu usei também cerejas em calda na decoração ficou muito bonito o prato.
Gosto muito deste meu confessionário...
Beijinhos.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Cabrito assado à Padeiro!


Imagem antes do empratamento.
Queridos amigos, faço votos para que passem uma Páscoa felizes juntos de todos os que amais.
Dar uma prenda é fácil… Difícil é dar um abraço ás pessoas que por vicissitudes da vida, afastamos do nosso convívio…Vai o meu abraço, par todos…Com sinceridade e honestidade! O homem é um ser errante, mas nem todo o homem, tem o dom de aceitar os erros do próximo. Afastamo-nos de pessoas especiais que partilharam a nossa vida .O orgulho, fala sempre mais alto, fechamo-nos dentro da nossa cápsula. Ficamos inacessíveis e insensíveis a qualquer lamento, de pessoas que já caminharam lado a lado connosco! Esquecemo-nos muitas vezes, que os outros podem estar a precisar da nossa atenção… Pedimos ajuda e perdão a Deus, mas nós não somos capazes de pedoar insignificancias...
Um abraço muito apertado, para aqueles que me magoaram alguma vez…

Cabrito assado à Padeiro!

Comprar um cabrito ( na tabela das capitações são 375 grs de carne com osso por pessoa)
Fazer uma marinada com os seguintes ingredientes:
Azeite
Vinho Branco (Maduro)
Uma cebola grande
3 dentes de alho
Talos de salsa
Uma folha de louro
Um pouco de alecrim
Pimenta preta moída na hora
Colorau q/b
Sal q/b
Fazer a marinada numa bacia grande (onde consiga colocar o cabrito a marinar)
Deitar a cebola partida em 8 cubos, os dentes de alho esmagado, os talos de salsa (caules)a folha de louro, o alecrim, a pimenta, o colorau, o vinho, o azeite e sal a gosto.
Limpar o cabrito passando-o por agua bem quente. Depois de escorrido esfregá-lo nesta marinada e deixar repousar uma a duas horas.
Levar ao forno pré aquecido, numa assadeira de preferência de barro e envolvido na marinada. O forno deve estar a 200º. A meio da cozedura virá-lo .
Descascar batatas e partir em gomos, levar a assar . Pode assar junto ao cabrito, embora eu não o faça, Costumo fazer numa assadeira em separado, em azeite, vinho branco, sal, pimenta e colorau.
Sirva o cabrito, com uma boa salada de alface.
Emprate o cabrito em travessa de ir á mesa e sirva acompanhado da batata. Pode decorar com meias luas de laranja.
Bom apetite!

O que dá nome ao prato é, o corte da batata,em gomos.
A capitação da batata é de tres unidades por pessoa.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Rolinhos de linguado com molho de marisco.


Olá a todos os meus seguidores e amigos.
Cheguei agora a casa e vim escrever um post para vós. Venho cansadita mas, nada que um bom sono não recomponha. Pratico desporto depois de sair do trabalho, acreditem que é duro…Mas eu adoro desporto. Faço aulas coreografadas de localizada .No final da aula ainda venho a pé para casa, são uns bons 20 minutos a caminhar em passo apressado e ainda, uma excelente rampa para subir. É tão dolorosa a rampa, para me ajudar a esquecer o cansaço, conto os passos que dou rampa a cima . São 580 passos, chego ao cimo mesmo estoirada. Quando me deito na cama ,Morfeu envolve-me e só me larga ás 7,30 do dia seguinte. Odeio o meu telefone, acorda-me sempre a essa hora, mas tem que ser, tem que ser, a minha vida tem sido dura, mas eu tenho sido mais dura que ela ;)…
Hoje o post não vai ser nada de lamúrias, vou deixar-vos uma receita deliciosa.
Rolinhos de linguado com molho de marisco.
Dois rolinhos por pessoa.
Comprar linguado médio, fresco ou congelado .Limpo de espinhas e de pele.
Separar o linguado em dois retirando-lhe a espinha do meio. Nos congelados já vem espinhado, mas se comprar fresco e acha que não consegue fazer em casa, peça que o amanhem no local da compra. (Mas traga os restos para fazer o creme de marisco)
É assim:
Tempere o linguado com sal e sumo de limão q/b.
Comece por barrar uma assadeira com manteiga.
Enrole cada metade de linguado e segure o rolo com um palito. Vá colocando na assadeira. Regue com o resto do tempero.
Leve a assadeira ao forno previamente aquecido a 180º durante 10 minutos.
Faça um creme de marisco da seguinte forma.
Ponha a ferver as peles e as espinhas do linguado, adicione creme de marisco em pó e deixe ferver até engrossar. Tempere a gosto, eu costumo por picante.
Retire a assadeira do forno.
Emprate os linguados numa travessa, retirando-lhe o palito, coloque no cimo de cada um, um camarão. Finalmente, regue com o creme de marisco que acabou de fazer e depois de coado.
Acompanhe com batata cozinha e grelos salteados em azeite.

P.S. Existe quem coloque no meio do rolo do linguado, uma fatia de bacon .
Beijinhos e boa semana.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Depressão Nervosa e a minha luta para vencer!


Para Uma amiga, uma experiência minha muito dolorosa.
Vou escrever um relato da minha vida que me levou a uma depressão nervosa durante 3 anos e meio em tratamento, um ano antes para acentuar a doença e um ano depois desses 3 anos e meio para me tentar enquadrar.
Pois minha querida, a depressão é algo que nos bate á porta sem que para isso estejamos preparados. No meu caso o que a despoletou foi um compromisso e uma responsabilidade que assumi, cheia de sonhos, cheia de romantismo e cheia de vontade de ser uma pessoa feliz e fazer alguém feliz.
As coisas não correram assim. Foi tudo ao contrário e a minha vida deu uma volta de 180º. Deixei de ver sorrisos para ouvir berros e deixei de ouvir dizerem que eu era excepcional para passar a ouvir dizer que não valia nada, que era uma nulidade em todos os aspectos. Como isso me doía! Deixei de ser acarinhada e em seu lugar havia a reprovação a humilhação e gritos meu Deus, os gritos. O que hoje estava certo amanhã já estava errado. Depois aquelas palavras que me diziam feriam como facas afiadas. Ai como foi doloroso; ora a comida não era boa, ora eu deitava cedo, ora eu deitava tarde, ora eu acordava tarde , ora eu não sabia fazer o que me mandavam. Eram-me mandados fazer trabalhos pela primeira vez aos berros e era-me dito : "eu quero isso aqui bem feito ainda não o sabes fazer ora mas que profissional és tu!!!" Tudo isto era no sentido de me torturar psicologicamente, e muitas outras coisas que por uma questão de dignidade me recuso a descrever.
Ao fim de 5 anos eu estava debilitada moral e mentalmente. Sei que me sentia muito mal, deixei de conseguir dormir mais que meia hora seguida, tinha ataques de pânico, tinha medos e assustava-me e tinha a sensação de que não respirava. Fui algumas vezes noite dentro parar ao hospital porque acordava com a sensação que não respirava. Tinha ataques de calor e por vezes quando saia em trabalho chegava a meio do caminho voltava para traz com o medo de desmaiar. Estava a fazer uma qualquer visita numa repartição publica, pois o meu trabalho a isso obriga, e bastava que alguém me dissesse está pálida, para eu entrar em pânico e deixar o trabalho a meio fugir para o escritório para desmaiar lá. Mas nunca desmaiei pois lá chegada já estava bem.

Entre tantas e tantas coisas que me aconteceram, uma delas e a mais tortuosa foi a de não mais conseguir ter o meu corpo em repouso, eu sentia-me como quem anda num trem cheio de trepidação, essa era a sensação. Nunca mais consegui estar em paz. Aquela sensação de me encontrar sempre num lugar que tremia era uma constante. Essa foi a pior coisa de todas, era aterrador e ainda hoje sinto receio dessa sensação.

Um dia entendi que necessitava de ajuda e percebi que só um psiquiatra me trataria, pois os ataques de pânico eu percebia que eram falsos assim como a falta de ar era falsa. Pensei que só podia estar doente da mente . Fui à consulta e na primeira meti os pés pela frente das mão e quase não consegui dizer nada, mas ele era médico experiente e percebeu o que eu tinha. Ouviu-me durante uma boa hora e passou-me uma receita.

Comecei a tomar a medicação mas nada melhorou, como eu pensava, no imediato. A única coisa que passei foi dormir, mas o resto tudo era igual. Na semana seguinte voltei ao médico como me havia sido recomendado e disse que não estava melhor só que tinha começado a dormir. Foram me receitados outros medicamentos e disse-me para voltar na outra semana .Quando voltei lá disse que nada tinha mudado e tudo estava igual. Disse o médico :"eu não te quero internar" . Eu nem noção tinha do que ele queria dizer com aquela frase . Deu-me uma nova medicação que quando tomava um dos comprimidos, adormecia de imediato. E assim fui seguindo a minha vida dependente da consulta e dos medicamentos durante quase 4 longos anos .
Chegou uma altura em que comecei a não gostar da minha situação porque eu sabia que o medicamento só meia hora depois de ser tomado fazia efeito e eu ficava logo bem mal que o engolia. Comecei a pensar em mim sempre com um saco de medicamentos atrás . Não podia ser assim pensei eu. Comecei a conversar com pessoas sobre o meu problema. Logo fui aconselhada por umas a ir ao psicólogo por outros a ir para às bruxas e eu fui. O que me interessava era ficar boa …O psicólogo achei um cretino com delírios de assédio e na bruxa não acreditava em nada e achava aquilo patético. Um dia pedi que queria ir visitar uns familiares a Lisboa pois achava que ao ir lá ia buscar a minha paz. Fui e achei-me mal na viajem e vim doente.
Quando cá cheguei, tive de ir a um médico gastroenterologista e pela primeira vez na minha cabeça vi uma luz no fundo do túnel. Depois de vista pelo médico ele disse que eu não tinha nada e então eu contei-lhe que tinha uma depressão nervosa. Ele teve para mim uma frase que foi fantástica. A tal palavra de esperança dita na hora certa. Disse-me: uma depressão nervosa é a pior doença do ser humano pois tem todas as dores todos os sintomas de uma grande doença e nós não o podemos curar porque a doença não é física mas sim mental e a sociedade não dá o apoio devido a esses doentes. Aquelas palavras caíram em mim que nem faíscas. Pensei, mas vou dar eu!
A partir daí decidi que tudo em mim tinha de mudar, tudo. Pensei de mim para comigo, menina onde está o teu sorriso, onde está a tua rebeldia, onde está o teu ego, onde está a tua auto estima ? Pensei: porque me estou eu a anular? Tinha engordado um pouco e tinha deixado para o lado o meu ar de menina adolescente e colocado em mim o ar de mulher. Detestei-me quando me olhei no espelho e vi uma mulher sem interesse, gorda, mal vestida e feia, obediente e servil, sem personalidade, uma pessoa que vivia em função de umas pastilhas e obedecia a tudo e a todos. Era assim que queriam que eu fosse. Foi uma visão aterradora e a partir daí fui eu e o meu ego em luta. Dei luta e comecei por cortar à medicação e a fazer outras coisas como seja, comecei a praticar desporto, a sair, a arranjar-me e no prazo de 6 meses tinha perdido 12 kilos e deixado quase todos os medicamentos menos um. Comecei a ir ao cinema sozinha aos sábados à tarde, voltei a ler, comecei a pensar e acreditar que eu era uma vida e que eu era responsável por ela. Que estava na minha mão fazer tudo para ajudar esta vida que eu tinha a ser o melhor possível. Deixei de viver em função de outra pessoa e sim a viver para mim. É isso que ainda hoje faço.
Um dia alguém me disse que eu era uma pessoa carente num tom depreciativo!!! Eu sou um ser que sei viver e sei dar luta à vida, não piso ninguém, sou carinhosa, amiga de quem é meu amigo. Deixei de acreditar no amor, mas tenho muitos momentos em que me sinto vaidosa e que me sinto feliz por mim.
Mas fiz tudo, lutei por mim para aqui chegar. Sofri muito e ninguém me compreendeu mas eu percebi que precisava de lutar porque tinha decidido viver.

sábado, 2 de abril de 2011

Perder uma relação com tudo para dar certo.


Porque pensamos que o casamento é uma espécie de reforma, para o resto da vida.
Porque achamos que os/as conquistamos e está tudo feito. Porque nos convencemos que o amor é eterno.Porque pensamos que depois do casamento, não precisamos de fazer mais nada.
Queremos moldar o nosso marido/esposa, á nossa imagem e semelhança. Tiramos-lhe os direitos de pessoa livre, com gostos e vontade própria. Queremos que ele seja um eterno apaixonado, um servidor dos nossos caprichos. Mas as coisas não são assim ! Impomos, exigimos, reclamamos. A maior parte das vezes deixamos de investir em nós próprias, de tal forma estamos convencidas que somos as melhores, deixamos de ceder para passar a exigir. Deixamos de dar prazer, porque nos esquecemos que é importante. Deixamos de fazer dele o nosso amor, para o transformar numa presa, onde ele só tem deveres, onde acaba a fantasia, para dar lugar a obsessão do “ É meu” logo tem de fazer o que eu quero e como eu quero, eu tenho de o "educar" logo de principio. Olhamos demasiado para o nosso umbigo, achamos que os olhos dele, se deve fechar para o mundo e se devem centrar só em nós. Prazer físico, só como recompensa dos bons serviços do nosso vassalo “é isso que ele é para nós” E ai dele se olha para outra mulher, nós torturamo-lo em casa!!! De tal forma estamos convencidas/os, que ele é nosso, tratamo-lo como um objecto .Claro que nos primeiros tempos, ele/a aguenta tudo e nós vamos ganhando terreno. Mas isso é só uma questão de tempo. Viver debaixo do mesmo tecto 24 horas por dia, ver o companheiro/a desalinhada, despenteada ver a companheira/o de pijama o dia inteiro!!! Não é e de todo uma grande miragem …As desavenças vão se acumulando, a cabeça começa a encher, começamos a ficar fartos .Então vir á noite para casa, deixar de ser um prazer, porque a conversa entre os dois é desagradável. Exigências e cobranças. O sorriso e o bom humor acaba, para se instalar a indiferença . Exigimos aquilo que achamos bem, só que nos esquecemos que a outra pessoa tem vontade própria e o que durante o namoro era bom, deixou de ser, porque nós nos tornamos intransigentes e, tentamos manipular os sentimentos do nosso companheiro. Existe sempre um motivo para uma desavença, mas nós não assumimos que, em parte fomos culpados das desavenças no nosso casamento. Achamos que quando casamos, nos tornamos donos e senhores do outro, achamos que já não precisamos de seduzir, de encantar, de enternecer e surpreender a outra pessoa ,de tal forma estamos convencidos que casamos para todo o sempre e, que na cabeça, que o nosso parceiro só existimos nós (que ignorantes) , de tal forma estamos convencidas, que somos as melhores do mundo .Ele interessar-se por outra mulher!!! NUNCA, IMPOSSÍVEL, como nos tornamos imbecis. Conclusão: Se isso nos aconteceu, foi porque nós franqueamos a porta, com a nossa arrogância e prepotência expusemos a nossa relação. Ao deixar-mos de ser mágicas, abre-se uma lacuna na relação. Com o decorrer do tempo, a pessoa mal entendida na relação vai se tornando carente, vai se sentir sozinha. Percebe que a magia acabou e que o que sentia pela pessoa com quem casou, não passa de uma tremenda frustração e desanimo. Existem pessoas que aguentam a vida toda essa situação. Porquê! Eu não sei… Comodismo, não querer libertar parceiro/a por egoísmo, medo de ficar sozinho. Não aceitar o estado “divorciado”!Por sexo!!! Para dizer aos outros que se é casado! Eu não acredito que exista magia (amor) entre duas pessoas que não se entendem e que se insultam mutuamente.Ter a consciência que temos um casamento que é uma fraude e acomodar-se, porque socialmente é conveniente, isso é negar a nossa existência... Sei que é confortável para o ego dizer, que todos são culpados pela degradação do nosso casamento . Uma pessoa carente, cai com facilidade nos braços de outra que lhe dê aquilo que ela não tem e não é por isso que ela é, menos digna que qualquer outra...

Talvez por esse motivo Jesus não condenou o adultério e disse: Aquele de vós que nunca pecou, que atire a primeira pedra…
Você quer atirar?!!!...