Não precisa ser homem, basta ser humano, basta ter sentimento, basta ter coração. Precisa saber falar e calar, sobretudo saber ouvir. Tem que gostar de poesia, de madrugada, de pássaro, de sol, da lua, do canto dos ventos e das canções da brisa. Deve ter amor, um grande amor por alguém, ou então sentir falta de não ter esse amor. Deve amar o próximo e respeitar a dor que os passantes levam consigo. Deve guardar segredo sem se sacrificar.
Não é preciso que seja de primeira mão, nem é imprescindível que seja de segunda mão. Pode já ter sido enganado, pois todos os amigos são enganados. Não é preciso que seja puro, nem que seja de todo impuro, mas não deve ser vulgar. Deve ter um ideal e medo de perdê-lo e, no caso de assim não ser, deve sentir o grande vácuo que isso deixa. Tem que ter ressonâncias humanas, seu principal objectivo deve ser o de amigo. Deve sentir pena das pessoas tristes e compreender o imenso vazio dos solitários. Deve gostar de crianças e lastimar as que não puderam nascer.
Procura-se um amigo para gostar dos mesmos gostos, que se comova, quando chamado de amigo. Que saiba conversar de coisas simples, de orvalhos, de grande chuvas e das recordações de infância. Precisa-se de um amigo para não se enlouquecer, para contar o que se viu de belo e triste durante o dia, dos anseios e das realizações, dos sonhos e da realidade. Deve gostar de ruas desertas, de poças de água e de caminhos molhados, de beira de estrada, de mato depois da chuva, de se deitar no capim.
Precisa-se de um amigo que diga que vale a pena viver, não porque a vida é bela, mas porque já se tem um amigo. Precisa-se de um amigo para se parar de chorar. Para não se viver debruçado no passado em busca de memórias perdidas. Que nos bata nos ombros sorrindo ou chorando, mas que nos chame de amigo, para ter-se a consciência de que ainda se vive.
Vinícius de Moraes
Escrevo em testamento este poema.Que ele tenha, na angústia com que o ligo, O brilho rutilante duma gema achada nos farrapos de um mendigo. Ao vesperal crespúsculo da vida e sob o olhar é que o componho; Erguendo assim, por minha despedida,O último escalão dum alto sonho. Este poema é dedicado a todos os que como eu tiveram um grande sonho.
quarta-feira, 31 de maio de 2006
Procura-se um amigo
sábado, 27 de maio de 2006
A família por nós escolhida!
A Amizade
A amizade é um sentimento que considero fantástico. Perder um amigo é como perder uma jóia muito preciosa. Um amigo para mim é um tesouro de valor incalculável. Nunca me zanguei com um amigo a ponto de destruir a amizade. Posso ficar, por vezes, magoada, e por uns dias um pouco de nariz empinado, mas ao primeiro sinal estou presente e nem lembro mais o motivo da discordia. Não vejo nunca os defeitos dos meus amigos, se é que eles os têm. Respeito as opções de cada um, não gosto muito de dar conselhos ou opiniões e, se me pedem ajuda, estou a 100%, seja para o que for. Sou capaz de abdicar de mim por um amigo. Os amigos são a família que eu escolhi. Como atrás disse, nunca perdi uma amizade. Acho que uma amizade não se pode perder, ou existe ou nunca existiu.
Eu mantenho os meus amigos desde que me conheço como gente. Posso estar afastada e não os ver até durante anos, mas quando nos vemos é aquele abraço, as lágrimas, as recordações. Ser amigo não significa, para mim, ter de estar presente, ou presentear. Numa amizade não se pede nem exige nada, tudo é espontâneo.
Há uns 10, 12 anos que convivo com um grupo de amigas, fantásticas, mulheres maravilhosas, são todas, sem excepção, mulheres realizadas e muito felizes. É reconfortante ouvir as aventuras delas. São mulheres muito viajadas e ainda um destes dias achei uma graça incrível a uma que nos contou a forma como faz o marido perder o medo de viajar. Não vou contar, porque é um tanto louco o que ela faz, mas todas nos rimos a bom rir quando ela nos confidenciou o segredo.
A amizade para mim é algo superior ao amor. Sei que consigo viver com alguém que não ame, mas seria impossível viver ao lado de alguém de quem não fosse amiga. Não gosto, e de todo não admito que me digam mal de um amigo, nem que seja por ciúmeira, porque existe ciúme nos amigos, quem é ciumento é mesmo até nas amizades. Sou protectora, leal, adoro o meu amigo, e não lhe encontro defeitos. Se os tem, e acredito que sim porque todos temos, esses defeitos não me afectam, porque sei aceitar.
Não sou amiga de qualquer pessoa, sou selectiva e o conviver e ser educada, não significa ser amiga. Ser prestável, atenciosa, cortês, ter o dom de bem receber, nada tem a ver com a amizade.
Existe agora uma nova forma de amizade, que é a que aqui arranjamos, e que se dá o nome de “virtual”. Juro que não sei o que quer dizer virtual pois eu gosto daqueles que considero amigos, e já são alguns. Gosto de saber como estão, como lhes vai a vida, estou sempre disponível quando alguém está menos bem.
Uma pétala para cada amigo!
Este post tem como principal mensagem a minha amizade pelo Fernando. Eu gostava dele e sei que ele gostava de mim e que me respeitava. Tínhamos ideias completamente opostas, quer politicas quer religiosas, mas respeitávamo-nos, éramos amigos. A nossa amizade tinha anos. Sempre me tratou com carinho, tal como eu a ele. Agora que nos tínhamos aproximado ainda mais, ele partiu. Não vou respeitar o Fernando mais a partir de agora do que quando ele cá estava, não vou fazer do Fernando um milagreiro, nem vou santificá-lo porque ele partiu.Ele, será sempre o meu amigo que já se foi,por mim irei deixá-lo descansar em paz. Ficará na minha memória, o meu amigo. Vou sentir saudades dos emails dele, das nossas conversas no Messenger, dos escritos dele.
Lamento que tenha partido tão cedo pois tratava-se de uma pessoa ainda bastante nova. Mas tudo tem um final e o do Fernando foi no dia 23 de Maio. Que descanse em paz o meu primeiro amigo que se foi para outra dimensão.
Obrigado a todos por me terem lido.
terça-feira, 23 de maio de 2006
segunda-feira, 22 de maio de 2006
Horizontes do poeta
Hoje resolvi escrever para todos os meus amigos.
Escrevo este poema com coração, com sentimento. Não tenho a pretensão de ser poeta,
nem de ter jeito para poesia, mas de tanto querer, acabou por sair…
Ofereço-o a todos vós:
Uma planta florida
Um seio de mulher
Um sorriso de criança
Uma rosa qualquer
Uma onda na praia
Espuma Branca de sal
O arrulhar d’ uma pomba
Num branco pombal
A musica elementar
No findar do dia!!!
O raiar d aurora
Anuncio de poesia
A luz branca e cálida
Dum sol primaveril
O aroma do rosal
Em manha de Abril
Os frutos maduras
Fruídos no verão
Beijos quentes puros
Meus ais de emoção
E no quente Outono
A melancolia
A que me abandono
Duma cotovia
Publicada por
Crepúsculo Maria da Graça Oliveira Gomes
à(s)
segunda-feira, maio 22, 2006
Sem comentários:
sábado, 20 de maio de 2006
O Bando dos Seis
Não, não vou falar da longínqua China Continental, nem da Revolução Cultural (1966-1976), nem do Bando dos Quatro ou dos seus Guardas Vermelhos.
Recordo-me que por esta terra lusitana, pululavam maoistas de várias colorações, entre os quais se evidenciaram uns Meninos Rabinos Pintando Paredes.
Mas sigamos em frente. Os mais dinâmicos meninos berradores de então são hoje os gestores de grandes empresas estatais, privadas, ou fortemente arreigados ao aparelho deste Lusitano estado, abraçando de alma e coração as “virtudes” do seu “antigo inimigo” capitalista.
Outros, não padecendo de grandes males em relação à Vida, disseminaram-se por aqui e por ali, uns calçando as pantufas de uma razoável vida burguesa, outros tornaram-se dinâmicos teóricos de novos projectos político-sociais.
Todo este arrazoado vem a propósito de uma “angélica” criatura, um assexuado Anjo Negro, com uma atracção doentia por corpos sem alma, mas plenos de volúpia e formas bem torneadas, talvez resultantes de situações deficientemente resolvidas pelos caminhos da sua Vida. Resumindo: Uma incurável e militante frustrada criatura.
Ora bem. Essa “angélica” criatura decidiu colocar-me, juntamente com outras cinco pessoas no seu ninho de “kukos”.
Pois é meus Amigos, eu e os outros 5, formamos o Bando dos Seis e como tal, já devemos ter a nossa sorte decidida – Um tiro na nuca para expiação dos nossos pecados.
Para quem não regula bem da “cuca” como é o caso da Blackangel, a solução será um longo tratamento à dita, o que significaria um merecido descanso das nossas cabecinhas.
Querida “Angélica”, se eu não fosse agnóstico, oferecia-me para te exorcizar.
quinta-feira, 18 de maio de 2006
sexta-feira, 12 de maio de 2006
Violência entre jovens
Tendo em conta esta notícia (apesar da amostra não ser representativa) decidi criar este post com conselhos para pais de pré-adolescentes ou adolescentes. Como abordar a violência (verbal e/ou física) nas relações entre jovens?
Os valores dos pais são importantes e estes devem fazer perguntas, discutir com os seus filhos as preocupações no que concerne o abuso, o respeito pelos outros e o que são relações saudáveis.
O abuso não é só físico, pode assumir outras dimensões (emocional) quando inclui insultos, ameaças e outras formas de controle (o que vestir, com quem se podem relacionar, etc.).
Primeiro, é preciso que os pais façam uma certa auto-crítica sobre o tipo de relação que têm. Depois é necessário que dialoguem a sério com os seus filhos, ou seja, que estejam preparados para ouvir algo de que não irão gostar. É importante que o desconforto em relação a certos temas não vos afaste dos vossos filhos.
Um factor crítico prende-se com o comportamento dos pais. Se estes se respeitam, acabam por ser um bom modelo para os jovens. E quando há suspeitas de que um (ou uma) adolescente agride fisica e/ou verbalmente o/a namorado/a os pais devem intervir de imediato.
As conversas devem ser intímas, num ambiente descontraído. Assim, serão concerteza mais produtivas e sinceras. Os pais podem partilhar experiências passadas, erros cometidos e o que aprenderam. Mas como é importante manter o vosso papel de progenitor e não de mero amigo, as experiências partilhadas não devem ser as de um passado recente.
O vosso papel não é o de resolver todos os problemas dos vossos filhos, mas o de ouvir atentamente o que eles têm para dizer e providenciar ferramentas que os ajudem a resolver os problemas nas suas relações sem violência verbal ou física.
Há sinais que demonstram que o vosso filho quer falar convosco. Não sai da vossa beira, mas não fala. Ou então simplesmente diz que não se sente bem, apesar de não haver sintomas físicos.
Podem começar com perguntas simples: como estás? como vão as coisas? Se houver resistência, não desistam. Continuem a afirmar que estão ali para ouvir.
Depois podem também fazer perguntas sobre como são as relações dos amigos dos vossos filhos. O que é andar? O que é namorar? Quanto tempo dura um namoro? O que querem os rapazes numa relação? O que querem as raparigas?
Estas perguntas ajudam os pais a perceberem o que os filhos querem numa relação,por exemplo, a duração do compromisso, os papéis associados ao género, etc.
Uma pergunta importante: já viste algum tipo de comportamento abusivo entre namorados? É possível que a noção de abuso por parte de um pai seja diferente da noção de abuso por parte de um jovem.Este pode achar que um insulto não é nada de especial.
Os sinais de abuso são estes:
- o/a jovem desculpa os comportamentos agressivos do/a companheiro/a;
- o/a jovem perde interesse nas actividades que lhe davam prazer;
- o/a jovem torna-se mais isolado/a de amigos e família;
- o/a namorado/a insulta e rebaixa o/a jovem à frente de outras pessoas;
- o/a namorado/a é muito ciumento e controla constantemente o que o/a jovem está a fazer, com quem está, o que veste, etc;
- marcas físicas constantes
E se o vosso filho/a tiver um/a namorado/a perguntem como vai a relação. Quais são as expectativas, quais são os comportamentos aceitáveis, etc.
A família tem várias funções e esta é uma delas. Quebrar o ciclo da violência...
Link útil: APAV
segunda-feira, 8 de maio de 2006
Porque ela é Bipolar
Porque a minha amiga tem este problema, quiz saber o que é, e conhecer como ela reage...Escrevo este post para ti!
relatório medicamente escrito
O transtorno bipolar caracteriza-se pela ocorrrência de episódios de “mania” (caracterizados por exaltação do humor, euforia, hiperatividade, loquacidade exagerada, diminuição da necessidade de sono, exacerbação da sexualidade e comprometimento da crítica) comumente alternados com períodos de depressão e de normalidade. Com certa frequência, os episódios maníacos incluem também irritabilidade, agressividade e incapacidade de controlar adequadamente os impulsos.
As fases maníacas caracterizam-se também pela aceleração do pensamento (sensação de que os pensamentos fluem mais rapidamente), distraibilidade e incapacidade em dirigir a actividade para metas definidas (embora haja aumento da actividade, a pessoa não consegue ordenar as acções para alcançar objectivos precisos). As fases maníacas, quando em seu quadro típico, prejudicam ou impedem o desempenho profissional e as actividades sociais, não raramente expondo os pacientes a situações embaraçosas e a riscos variados (dirigir sem cuidado, fazer gastos excessivos, indiscrições sexuais, entre outros riscos). Em casos mais graves, o paciente pode apresentar delírios (de grandeza ou de poder, acompanhando a exaltação do humor, ou delírios de perseguição, entre outros) e também alucinações, embora mais raramente. Nesses casos, muitas vezes, o quadro clínico é confundido com a esquizofrenia
relatório medicamente escrito
O transtorno bipolar caracteriza-se pela ocorrrência de episódios de “mania” (caracterizados por exaltação do humor, euforia, hiperatividade, loquacidade exagerada, diminuição da necessidade de sono, exacerbação da sexualidade e comprometimento da crítica) comumente alternados com períodos de depressão e de normalidade. Com certa frequência, os episódios maníacos incluem também irritabilidade, agressividade e incapacidade de controlar adequadamente os impulsos.
As fases maníacas caracterizam-se também pela aceleração do pensamento (sensação de que os pensamentos fluem mais rapidamente), distraibilidade e incapacidade em dirigir a actividade para metas definidas (embora haja aumento da actividade, a pessoa não consegue ordenar as acções para alcançar objectivos precisos). As fases maníacas, quando em seu quadro típico, prejudicam ou impedem o desempenho profissional e as actividades sociais, não raramente expondo os pacientes a situações embaraçosas e a riscos variados (dirigir sem cuidado, fazer gastos excessivos, indiscrições sexuais, entre outros riscos). Em casos mais graves, o paciente pode apresentar delírios (de grandeza ou de poder, acompanhando a exaltação do humor, ou delírios de perseguição, entre outros) e também alucinações, embora mais raramente. Nesses casos, muitas vezes, o quadro clínico é confundido com a esquizofrenia
Publicada por
Crepúsculo Maria da Graça Oliveira Gomes
à(s)
segunda-feira, maio 08, 2006
Sem comentários:
sexta-feira, 5 de maio de 2006
Subscrever:
Mensagens (Atom)