domingo, 31 de dezembro de 2006

Feliz 2007


À Vossa...


Saúde


Para ter um feliz 2007 não preciso de:

Fazer lista de boas intenções,
para as arquivar na gaveta;

Chorar arrependida
pelas palermices que vou fazer,
nem parvamente acreditar
que, por decreto de esperança,
a partir de Janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça, no meu lar, entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados,
começando pelo direito augusto de viver.

sábado, 30 de dezembro de 2006

Saddam Hussein enforcado!


Saddam Hussein foi enforcado
30.12.2006 - 07h43



O ex-ditador iraquiano, Saddam Hussein, foi hoje enforcado em Bagdad, às 06h00 locais (03h00 em Lisboa). O Presidente norte-americano, George W. Bush, já fez saber que a execução do ex-Presidente iraquiano é um "marco importante" para a democracia no país (como é que alguém acredita!?).
Isto foi uma vingança de galos onde o Saddam estava de um lado da barricada e o George W. Bush, do outro. Ganhou o George W. Bush. O mundo ficou mais pacífico? quem acredita nisso?

Mas que povo este!...Quem ganhou com isto? O que concluimos com esta decisão!... Pensei que isto não existiria mais entre povos civilizados...
Um embuste, uma vergonha. E logo nesta quadra! Esta decisão é lamentável. Havia a oportunidade de transformar esta situação num exemplo pela positiva. Em vez disso dá-se mais um golpe para a divisão do Iraque.

O George W. Bush,não passa de louco.
Ele o Saddam era um criminoso...E os que o enforcaram?É momento para refletirmos esta monstruosidade, feita a mando dos Países ditos de civílizados!...
Sou contra a pena de morte e então, desta maneira, fico horrorizada.

sexta-feira, 22 de dezembro de 2006

Um desejo de Natal



O que achas Senhor,
Se neste natal eu preparar uma árvore
Bem bonita, dentro do meu coração
E em lugar de presentes e das balas,
Pendurar os nomes de todos os meus amigos?

Os amigos que estão por aqui
E os que estão longe, os antigos e os novos.
Aqueles que vejo todos os dias
E aqueles que vejo muito raramente.

Aqueles dos quais eu sempre me lembro
E aqueles que, às vezes ficam esquecidos.
Aqueles das horas difíceis e dos momentos alegres.
Aqueles que sem querer causei sofrimento
E aqueles que sem querer me fizeram sofrer.

Aqueles que conheço a fundo
E aqueles que conheço só as aparências.
Uma árvore com raízes muito profundas
Para que seus nomes
Não saiam nunca do meu coração.

Uma árvore com galhos bem compridos
Para que os nomes novos vindo de todo o mundo
Se unam às já existentes.
Com uma sombra bem agradável para que nossa
Amizade seja um momento de repouso durante a luta da vida.

segunda-feira, 18 de dezembro de 2006

A quem interessa o lavar de roupa suja?!


É caso para dizer-se: zangam-se as comadres, descobrem-se as verdades!...
Mas isto é caso para tanta palhaçada?!...Isto é o que se chama passar de bela a monstro para uns, e para outros passar de monstro a bela!...
Acham que devemos considerar esta mulher uma mulher de armas, ou antes chamar-lhe uma mulher vingativa e má e que envergonha as mulheres deste mundo que sofrem caladas, por uma questão de dignidade?!
Conheço um ditado que diz: " Quem com putas joga ao vinte, acaba pobre ou pedinte"
Enquanto lhe corria a vida e comia à custa do tal "sub- mundo", a que agora se refere a senhora(!), tudo era bom e tudo eram flores. Agora que deixou de haver quem lhe sustente os luxos, vem emporcalhar a mão que lhe deu o ser... Não fosse o tal (Pinto da Costa) que ela diz que amou ou ama (mas que estranha forma de amar!), ainda hoje seria, talvez, uma alternadeira.
É feio ser ingrata. Não que eu seja uma portista, até porque os que me conhecem sabem que sou Benfiquista, mas vamos lá chamar os bois pelo nome e ser honestos. Para mim, a Carolina Salgado mordeu na mão que lhe deu o pão e que fez dela uma rainha. De todo, abomino estas chantagens, e quem as sustenta não tem qualquer cotação ou dignidade, do meu ponto de vista.
Todos nós já cometemos um erro, uma vez na vida pelo menos. Por mim e não sendo portista, nunca seria capaz de ler tal livro. No meu papel de Benfiquista, abomino esta mulher e o que ela está a fazer, só o faz por despeito, não o faz por uma questão de dignidade ou de defesa do futebol ou, sequer, para tentar limpar o tal "sub-mundo", de que ela fala. Enquanto lhe deram guarida era tudo bom. Não suporto as "Carolinas" deste mundo...

Que fique claro que não simpatizo com o Pinto da Costa.Embora porém neste caso se aplica, o velho ditado que diz: "Diz-me com quem andas, dir-te-ei quem és!",

Pobre Pinto da Costa, que sai desta tão enxovalhado! Ele deveria poupar o clube a estes imbróglios, todo o Futebol sair com a folha muito feia,com esta porcaria toda!...


Mas para mim é evidente que o dinheiro que este livro vai render, é um dinheiro sujo, como o de qualquer negócio sujo!

segunda-feira, 4 de dezembro de 2006

26 anos


Francisco Sá Carneiro e Adelino Amaro da Costa

Completaram-se hoje 26 anos desde um ignominioso dia de Dezembro de 1980. Esse dia é um daqueles dias que não nos saem da memória. Seria um dia como tantos outros, não fosse aquela notícia, que não me sai da memória, à noitinha... E o sobressalto sentido, ainda hoje é vivido, a revolta persiste.

Francisco Sá Carneiro era um verdadeiro líder, um visionário, um homem muito à frente do seu tempo. Como nos fez falta a sua visão, a sua liderança, a sua coragem, a sua frontalidade, ao longo de todos estes anos. Alguns se reclamaram seus herdeiros, nunca ninguém se aproximou, sequer, da sua qualidade, da sua visão, da sua incapacidade para se calar face à mediocridade instalada. Defendeu a economia de mercado quando o mais fácil era defender a estatização. Lutou pela abertura e modernização do sistema político, quando o padrão era outro. Até do ponto de vista dos costumes foi um iconoclasta, não se importando de arrostar com o desagrado do conservadorismo social vigente.

26 depois, e apesar de muitas mudanças, muitas das quais por ela defendidas, já então, uma das maiores evidências do nosso atraso é o facto de ser claro como água que a verdade oficial sobre oque se passou naquele dia de Dezembro de 1980 já não consegue esconder que disso não passa – uma verdade oficial. O encobrimento, com patrocínio do estado, de “companheiros” de governo e partido, do que se passou em Camarate é um triste testemunho de que, no sistema de justiça, pouco mudou desde então. Conservam-se todos os atavismos, todo o terceiro mundismo da justiça formalista, incapaz de apurar, satisfatória e expeditamente, responsabilidades e culpas. É, talvez, um dos melhores paradigmas da necessidade da aplicação do reformismo e coragem política de Sá Carneiro nos dias de hoje.

Sá Carneiro tem hoje, em dia, apesar da divisão ideológica que persiste ainda neste pequeno e terceiro-mundista país, um lugar na mitologia política nacional. É um lugar inteiramente merecido. Tivessemos nós tido, ao longo destes anos, líderes com a coragem, a frontalidade e a vontade e capacidade de reformar um país atrasado que ele tão cedo, evidenciou, e o país seria diferente.
Com ele, naquele 4 de Dezembro já tão distante, mas ainda assim impressionantemente presente, partiu um outro jovem líder que se destacava, Adelino Amaro da Costa. A ambos, bem como aos restantes companheiros da viagem que terminou, obra de mão criminosa, naquele bairro de Camarate, deixo hoje, aqui, a minha homenagem.