Escrevo em testamento este poema.Que ele tenha, na angústia com que o ligo, O brilho rutilante duma gema achada nos farrapos de um mendigo. Ao vesperal crespúsculo da vida e sob o olhar é que o componho; Erguendo assim, por minha despedida,O último escalão dum alto sonho. Este poema é dedicado a todos os que como eu tiveram um grande sonho.
domingo, 11 de janeiro de 2009
Está assim o meu País...
Portugal é uma região empobrecida da Península Ibérica, que por sua vez é uma região periférica de um continente em decadência. A adesão à Comunidade Económica Europeia eliminou barreiras ao fluxo de capitais entre Portugal e o centro da Europa. A eliminação de barreiras entre o centro e a periferia tem dois efeitos contraditórios. Por um lado, algumas actividades económicas tenderão a concentrar-se no centro para aproveitar ganhos de escala. Por este motivo, muitas empresas estrangeiras deslocaram os seus centros de distribuição de Lisboa para Madrid ou para o Norte da Europa. Por outro lado, outras actividades económicas tenderão a deslocar-se para a periferia para aproveitar os baixos custos de produção. Por este motivo, várias empresas alemãs optaram por se instalar em Portugal. Idealmente, os factores que favorecem a transferência de capital do centro para a periferia devem superar os factores que favorecem a concentração de actividades no centro. Mas os últimos oito anos de estagnação económica sugerem que algo correu muito mal na forma como Portugal se integrou na União Europeia. Os políticos portugueses não perceberam que um país periférico não pode impor às empresas custos de produção típicos do centro da Europa. Os custos da periferia têm de ser compensados por custos de produção mais baixos. Os políticos portugueses acabaram por cometer dois erros que prejudicaram gravemente o País. Por um lado, optaram por modernizar o País através da despesa pública. Tiveram por isso de aumentar a carga fiscal, o que acabou por reduzir a capacidade do País para atrair investimento estrangeiro. Por outro lado, optaram por constituir, de forma artificial, grupos económicos nacionais aos quais atribuíram o controlo de grande parte do sector dos bens não transaccionáveis. As privatizações, que podiam ter servido para atrair capital estrangeiro para o País, acabaram por gerar promiscuidade entre políticos e empresários e por encarecer os custos de produção em território nacional.
A formação profissional, de pouco ou nada serviu, neste momento ela serve apenas, para esconder a lacuna do desemprego, quando deveria servir para preparar os trabalhadores para mão de obra qualificada. Quem organiza a formação profissional é o Serviço nacional de Desemprego, é ver como se esconde a estatistica do desemprego, mandando para lá todos os desempregados.
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