segunda-feira, 28 de novembro de 2005

Depressão nervosa


Hoje quero dedicar este post a uma amiga virtual, por uma questão de respeito e carinho por ela não menciono o seu nome, mas é em sua intenção que o vou escrever.
Vou escrever um relato da minha vida que me levou a uma depressão nervosa durante 3 anos e meio em tratamento, um ano antes para acentuar a doença e um ano depois desses 3 anos e meio para me tentar enquadrar.
Pois minha querida, a depressão é algo que nos bate á porta sem que para isso estejamos preparados. No meu caso o que a despoletou foi um compromisso e uma responsabilidade que assumi, cheia de sonhos, cheia de romantismo e cheia de vontade de ser uma pessoa feliz e fazer alguém feliz.
As coisas não correram assim. Foi tudo ao contrário e a minha vida deu uma volta de 180º. Deixei de ver sorrisos para ouvir berros e deixei de ouvir dizerem que eu era excepcional para passar a ouvir dizer que não valia nada, que era uma nulidade em todos os aspectos. Como isso me doía! Deixei de ser acarinhada e em seu lugar havia a reprovação a humilhação e gritos meu Deus, os gritos. O que hoje estava certo amanhã já estava errado. Depois aquelas palavras que me diziam feriam como facas afiadas. Ai como foi doloroso; ora a comida não era boa, ora eu deitava cedo, ora eu deitava tarde, ora eu acordava tarde , ora eu não sabia fazer o que me mandavam. Eram-me mandados fazer trabalhos pela primeira vez aos berros e era-me dito : "eu quero isso aqui bem feito ainda não o sabes fazer ora mas que profissional és tu!!!" Tudo isto era no sentido de me torturar psicologicamente, e muitas outras coisas que por uma questão de dignidade me recuso a descrever.
Ao fim de 5 anos eu estava debilitada moral e mentalmente. Sei que me sentia muito mal, deixei de conseguir dormir mais que meia hora seguida, tinha ataques de pânico, tinha medos e assustava-me e tinha a sensação de que não respirava. Fui algumas vezes noite dentro parar ao hospital porque acordava com a sensação que não respirava. Tinha ataques de calor e por vezes quando saia em trabalho chegava a meio do caminho voltava para traz com o medo de desmaiar. Estava a fazer uma qualquer visita numa repartição publica, pois o meu trabalho a isso obriga, e bastava que alguém me dissesse está pálida, para eu entrar em pânico e deixar o trabalho a meio fugir para o escritório para desmaiar lá. Mas nunca desmaiei pois lá chegada já estava bem.

Entre tantas e tantas coisas que me aconteceram, uma delas e a mais tortuosa foi a de não mais conseguir ter o meu corpo em repouso, eu sentia-me como quem anda num trem cheio de trepidação, essa era a sensação. Nunca mais consegui estar em paz. Aquela sensação de me encontrar sempre num lugar que tremia era uma constante. Essa foi a pior coisa de todas, era aterrador e ainda hoje sinto receio dessa sensação.

Um dia entendi que necessitava de ajuda e percebi que só um psiquiatra me trataria, pois os ataques de pânico eu percebia que eram falsos assim como a falta de ar era falsa. Pensei que só podia estar doente da mente . Fui à consulta e na primeira meti os pés pela frente das mão e quase não consegui dizer nada, mas ele era médico e sabia o que eu tinha. Ouviu-me durante uma boa hora e passou-me uma receita.

Comecei a tomar a medicação mas nada melhorou, como eu pensava, no imediato. A única coisa que passei a conseguir foi dormir, mas o resto tudo era igual. Na semana seguinte voltei ao médico como me havia sido recomendado e disse que não estava melhor mas tudo igual só que tinha começado a dormir. Foram me receitados outros medicamentos e disse-me para voltar na outra semana .Quando voltei lá disse que nda tinha mudado e que tinha mesmo melhorado e tudo estava igual. Disse o médico :"eu não te quero internar" . Eu nem noção tinha do que ele queria dizer com aquela frase . Deu-me uma nova medicação que quando tomava um dos comprimidos, adormecia de imediato. E assim fui seguindo a minha vida dependente da consulta e dos medicamentos durante quase 4 longos anos .
Chegou uma altura em que comecei a não gostar da minha situação porque eu sabia que o medicamento só meia hora depois de ser tomado fazia efeito e eu ficava logo bem mal que o engolia. Comecei a pensar em mim sempre com um saco de medicamentos atrás . Não podia ser assim pensei eu. Comecei a conversar com pessoas sobre o meu problema. Logo fui aconselhada por umas a ir ao psicólogo por outros a ir para às bruxas e eu fui. O que me interessava era ficar boa …O psicólogo achei um cretino com delírios de assédio e na bruxa não acreditava em nada e achava aquilo patético. Um dia pedi que queria ir visitar uns familiares a Lisboa pois achava que ao ir lá ia buscar a minha paz. Fui e achei-me mal na viajem e vim doente.
Quando cá cheguei, tive de ir a um médico gastroenterologista e pela primeira vez na minha cabeça vi uma luz no fundo do túnel. Depois de vista pelo médico ele disse que eu não tinha nada e então eu contei-lhe que tinha uma depressão nervosa. Ele teve para mim uma frase que foi fantástica. A tal palavra de esperança dita na hora certa. Disse-me: uma depressão nervosa é a pior doença do ser humano pois tem todas as dores todos os sintomas de uma grande doença e nós não o podemos curar porque a doença não é física mas sim mental e a sociedade não dá o apoio devido a esses doentes. Aquelas palavras caíram em mim que nem faíscas. Pensei, mas vou dar eu!
A partir daí decidi que tudo em mim tinha de mudar, tudo. Pensei de mim para comigo, menina onde está o teu sorriso, onde está a tua rebeldia, onde está o teu ego, onde está a tua auto estima ? Pensei: porque me estou eu a anular? Tinha engordado um pouco e tinha deixado para o lado o meu ar de menina adolescente e colocado em mim o ar de mulher. Detestei-me quando me olhei no espelho e vi uma mulher sem interesse, gorda, mal vestida e feia, obediente e servil, sem personalidade, uma pessoa que vivia em função de umas pastilhas e obedecia a tudo e a todos. Era assim que queriam que eu fosse. Foi uma visão aterradora e a partir daí fui eu e o meu ego em luta. Dei luta e comecei por cortar à medicação e a fazer outras coisas como seja, comecei a praticar desporto, a sair, a arranjar-me e no prazo de 6 meses tinha perdido 12 kilos e deixado quase todos os medicamentos menos um. Comecei a ir ao cinema sozinha aos sábados à tarde, voltei a ler, comecei a pensar e acreditar que eu era uma vida e que eu era responsável por ela. Que estava na minha mão fazer tudo para ajudar esta vida que eu tinha a ser o melhor possível. Deixei de viver em função de outra pessoa e sim a viver para mim. É isso que ainda hoje faço.
Um dia alguém me disse que eu era uma pessoa carente num tom depreciativo!!! Eu sou um ser que sei viver e sei dar luta à vida, não piso ninguém, sou carinhosa, amiga de quem é meu amigo. Deixei de acreditar no amor, mas tenho muitos momentos em que me sinto vaidosa e que me sinto feliz por mim.
Mas fiz tudo, lutei por mim para aqui chegar. Sofri muito e ninguém me compreendeu mas eu percebi que precisava de lutar porque tinha decidido viver.

sexta-feira, 25 de novembro de 2005

Minha culpa


Minha culpa

Sei lá! Sei lá! Eu sei lá bem
Quem sou? Um fogo-fátuo, uma miragem...
Sou um reflexo... um canto de paisagem
Ou apenas cenário! Um vaivém

Como a sorte: hoje aqui, depois além!
Sei lá quem sou? Sei lá! Sou a roupagem
De um doido que partiu numa romagem
E nunca mais voltou! Eu sei lá quem!...

Sou um verme que um dia quis ser astro...
Uma estátua truncada de alabastro..
Uma chaga sangrenta do Senhor...

Sei lá quem sou?! Sei lá! Cumprindo os fados,
Num mundo de maldades e pecados,
Sou mais um mau, sou mais um pecador...

Florbela Espanca

terça-feira, 22 de novembro de 2005

"Cinco questões simples"


Este artigo é simplesmente provocador. E no que me diz respeito questiona tudo aquilo que quero saber sobre o Islão que os muçulmanos dizem ser a religião da Paz. Traduzo o artigo parcialmente:
Os motins em Paris por parte de jovens muçulmanos e os ataques terroristas na Jordânia são os últimos acontecimentos que os cidadãos muçulmanos que cumprem a lei precisam de responder, para bem do Islão e para bem dos não muçulmanos que estão preocupados. Aqui ficam as cinco perguntas:

1) Porque é que estão tão calados?
Protestos contra o terrorismo como os que vimos na Jordânia são raros. O que vejo nos media são muçulmanos a defenderem implícitamente o terrorismo. Vemos torturas e assassinatos em nome de Allah mas não vemos manifestações anti-tortura e anti-assassinatos em nome de Allah. Há biliões de muçulmanos. Como é possível que praticamente ninguém se tenha demonstrado contra a crueldade perpetrada por muçulmanos em nome do Islão?

2) Porque é que nenhum dos terroristas palestinianos é cristão?
Se a razão do terrorismo palestiniano é a ocupação israelita, porque é que os cristãos palestinianos não respondem da mesma maneira?

3) Porque é que apenas um dos 47 países de maioria muçulmana é considerado um país livre?
De acordo com o grupo Freedom House, dos países de maioria muçulmana apenas o Mali pode ser considerado um país livre. 60% não são livres, e dos 10 países com a pior classificação, sete são estados islâmicos.

4) Porque são cometidas tantas atrocidades por muçulmanos em nome do Islão?
A decapitação das jovens adolescentes na Indonésia e de civis no Iraque, o ataque terrorista na escola de Beslan, as famílias muçulmanas que assassinam raparigas ou mulheres nos chamados crimes de honra e o pedido de extermínio de Israel pelo presidente iraniano.

5) Porque é que países governados por líderes muçulmanos religiosos perseguem as outras religiões?
Na Arábia Saudita não são permitidas Igrejas ou Sinagogas. Os Talibãs destruiram as estátuas de Buda. O regime islâmico sudanês perseguiu e matou um grande número de cristãos.

Em vez de confrontarem estas questões muitos de vós negam-nas. Milhares de milhões de não-muçulmanos querem respostas honestas a estas perguntas, mesmo que a resposta seja "Sim, temos problemas reais no Islão". Tal reconhecimento é infinitamente melhor - para vocês e para o mundo - do que chamar-nos de anti-muçulmanos.

terça-feira, 15 de novembro de 2005

Ensino de excelência


Bom dia amigos,
Quero hoje falar-vos de de duas escolas que conheço por dentro e das quais conheço os resultados.
Aqui em Braga há uma escola e um colégio, que eu considero terem uma organização excelente que, do ponto de vista do cuidado que têm com as crianças, poderiam bem pertencer a qualquer país avançado.
O colégio recebe as crianças desde os 4 meses e fica com elas até ao fim do ensino primário. As crianças são rodeadas de todos os cuidados: há posto médico, psicóloga e nutricionista, que dão um acompanhamento fantástico às crianças. Aparentemente o colégio tem tudo o necessário para uma criança se sentir bem. Há brinquedos de toda a espécie, jogos, teatro, cinema, celebram-se as festas tradicionais. As crianças lá são amadas. Esse colégio pertence a uma paróquia e é dirigido por um padre. Este colégio cuida da educação pré-escolar das crianças.
Quando as crianças chegam à idade de ir para a escola, no caso serem menos seguras da sua nova vida, a educadora e a psicóloga encarregam-se de "entregar" essas crianças à professora primária e, como quem entrega um testemunho, relatam com detalhe a vida dessa criança, assegurando assim que receberá toda a atenção requerida.
Antes das crianças abandonarem o colégio, é organizada uma festa de finalistas, com todo o cuidado: as crianças vão vestidas de capa preta, saia preta e blusa branca, os rapazes no mesmo estilo só que com calça, levam uma cartola na cabeça cheia de fitas. Eu fui assistir à festa da minha sobrinha e fiquei fascinada com tanta organização, pois tratava-se de crianças com idades até 6 anos, mas elas estavam tão bem preparadas que mais pareciam pessoas adultas. Ainda hoje tenho o sorriso da minha sobrinha quando no palco foi receber a pasta e lhe foram lidos os louvores.

Depois vem a escola primária, também com uma organização formidável. A escola abre dois dias mais cedo para receber os pequeninos e para que eles se ambientem à sua nova escola, uma preocupação com as crianças digna de louvor. No segundo dia, quando chegam os "novatos", os meninos do 4º ano vão conhecê-los e apadrinhá-los. Faz-se uma festa no polivalente, e cada um dos pequeninos fica apadrinhado por um dos mais velhos. Ao "padrinho" fica atribuída a tarefa de proteger o "afilhado" respectivo. Claro que isto faz com que as crianças que chegam se sintam protegidas por todos: empregadas da escola, professores e respectivos padrinho ou madrinha. A alimentação é de muito boa qualidade, preocupando-se as funcionárias que as crianças não deixem comida nos pratos.
Há um ATL para os que querem, os meninos com mais dificuldades têm aulas de apoio e há aulas de desporto, extra-horário, um dia por semana. Há também aulas de informática e inglês, desde há vários anos.

Uma vez chegados ao 4º ano, vem de novo a mudança de escola, desta vez com a passagem para irem para o "ciclo preparatório", e voltam de novo os mesmos cuidados: a festa de despedida, sob a forma de almoço de finalistas, o receber das pastas dos louvores. Na escola C+S, a mesma preocupação: a recepção pelos alunos do nono ano, e aí como esses já tem mais um pouquinho de capacidade para saber mimar ofereceram aos pequeninos do 5º ano chocolates. Os "padrinhos" mostram a escola toda aos "novatos", apresentam-lhes as funcionárias, os locais de auxilio até lhes ensinaram o local onde é permitido, imagine-se, namorar …!

Será que as escolas não poderiam funcionar todas assim?! Porque será que isto acontece em instituições que são públicas e noutras, exactamente com o mesmo tipo de tutela, isto não acontece? Porquê? Não parece muito difícil, ou parece?

P.S. Tenho em pastas encadernadas todos os trabalhos da minha sobrinha, que me foram cedidas quer pela escola quer pelo colégio. Vão ao pormenor de incluir os endereços dos amigos de sala. Que coisa fantástica.
Obs. no blog da minha sobrinha http://ocantinhodosdreads.blogspot.com/, tem publicada no post de hoje dia 17 uma foto de uma das peças de teatro que ela representou.

domingo, 13 de novembro de 2005

Carta do Papa João Paulo II às Mulheres



A vós, mulheres do mundo inteiro,

a minha mais cordial saudação!

O obrigado ao Senhor pelo seu desígnio sobre a vocação e a missão da mulher no mundo, torna-se também um concreto e directo obrigado às mulheres, a cada mulher, por aquilo que ela representa na vida da humanidade.

Obrigado a ti, mulher-mãe, que te fazes ventre do ser humano na alegria e no sofrimento de uma experiência única, que te torna o sorriso de Deus pela criatura que é dada à luz, que te faz guia dos seus primeiros passos, amparo do seu crescimento, ponto de referência por todo o caminho da vida.

Obrigado a ti, mulher-esposa, que unes irrevogavelmente o teu destino ao de um homem, numa relação de recíproco dom, ao serviço da comunhão e da vida.

Obrigado a ti, mulher-filha e mulher-irmã, que levas ao núcleo familiar, e depois à inteira vida social, as riquezas da tua sensibilidade, da tua intuição, da tua generosidade e da tua constância.

Obrigado a ti, mulher-trabalhadora, empenhada em todos os âmbitos da vida social, económica, cultural, artística, política, pela contribuição indispensável que dás à elaboração de uma cultura capaz de conjugar razão e sentimento, a uma concepção da vida sempre aberta ao sentido do « mistério », à edificação de estruturas económicas e políticas mais ricas de humanidade.

Obrigado a ti, mulher-consagrada, que, a exemplo da maior de todas as mulheres, a Mãe de Cristo, Verbo Encarnado, te abres com docilidade e fidelidade ao amor de Deus, ajudando a Igreja e a humanidade inteira a viver para com Deus uma resposta « esponsal », que exprime maravilhosamente a comunhão que Ele quer estabelecer com a sua criatura.

Obrigado a ti, mulher, pelo simples facto de seres mulher! Com a percepção que é própria da tua feminilidade, enriqueces a compreensão do mundo e contribuis para a verdade plena das relações humanas.

Mas agradecer não basta, já sei. Infelizmente, somos herdeiros de uma história com imensos condicionalismos que, em todos os tempos e latitudes, tornaram difícil o caminho da mulher, ignorada na sua dignidade, deturpada nas suas prerrogativas, não raro marginalizada e, até mesmo, reduzida à escravidão. Isto impediu-a de ser profundamente ela mesma, e empobreceu a humanidade inteira de autênticas riquezas espirituais. Não seria certamente fácil atribuir precisas responsabilidades, atendendo à força das sedimentações culturais que, ao longo dos séculos, plasmaram mentalidades e instituições. Mas, se nisto tiveram responsabilidades objectivas, mesmo não poucos filhos da Igreja, especialmente em determinados contextos históricos, lamento-o sinceramente. Que este pesar se traduza, para toda a Igreja, num compromisso de renovada fidelidade à inspiração evangélica que, precisamente no tema da libertação das mulheres de toda a forma de abuso e de domínio, tem uma mensagem de perene actualidade, que brota da atitude mesma de Cristo. Ele, superando as normas em vigor na cultura do seu tempo, teve para com as mulheres uma atitude de abertura, de respeito, de acolhimento, de ternura. Honrava assim, na mulher, a dignidade que ela sempre teve no projecto e no amor de Deus. Ao fixar o olhar n'Ele, no final deste segundo milénio, vem-nos espontaneamente a pergunta: em que medida a sua mensagem foi recebida e posta em prática?

Sim, é tempo de olhar, com a coragem da memória e o sincero reconhecimento das responsabilidades, a longa história da humanidade, para a qual as mulheres deram uma contribuição não inferior à dos homens, e a maior parte das vezes em condições muito mais desfavoráveis. Penso, de modo especial, nas mulheres que amaram a cultura e a arte, e às mesmas se dedicaram partindo de condições desvantajosas, excluídas frequentemente de uma educação paritária, submetidas à inferiorização, ao anonimato e até mesmo à expropriação da sua contribuição intelectual. Infelizmente, da obra imensa das mulheres na história, bem pouco restou de significativo com os métodos da historiografia científica. Mas, por sorte, se o tempo sepultou os seus vestígios documentais, não é possível não perceber os seus influxos benfazejos na seiva vital que impregna o ser das gerações, que se foram sucedendo até à nossa. Relativamente a esta grande, imensa « tradição » feminina, a humanidade tem uma dívida incalculável. Quantas mulheres foram e continuam ainda a ser valorizadas mais pelo aspecto físico que pela competência, pela profissionalidade, pelas obras da inteligência, pela riqueza da sua sensibilidade e, em última análise, pela própria dignidade do seu ser!

Na política do futuro, os graves problemas em aberto verão sempre mais envolvida a mulher: tempo livre, qualidade da vida, migrações, serviços sociais, eutanásia, droga, saúde e assistência, ecologia, etc. Em todos estes campos, se revelará preciosa uma maior presença social da mulher, porque contribuirá para fazer manifestar as contradições de uma sociedade organizada sobre critérios de eficiência e produtividade, e obrigará a reformular os sistemas a bem dos processos de humanização que delineiam a « civilização do amor ».

Podem ler toda a carta, aqui.

quarta-feira, 9 de novembro de 2005

Recebi este texto via email, decidi por á vossa apreciação!!!


Desde que os americanos se lembraram de começar a chamar "afro-americanos" aos pretos, com vista a acabar com as raças por via gramatical - isto tem sido um fartote pegado! As criadas dos anos 70 passaram a "empregadas" e preparam-se agora para receber menção de "auxiliares de apoio doméstico".De igual modo, extinguiram-se nas escolas os "contínuos"; passaram todos "auxiliares da acção educativa".Os vendedores de medicamentos, inchados de prosápia, tratam-se de "delegados da propaganda médica". E pelo mesmo processo transmudaram-se os caixeiros-viajantes em "técnicos de vendas".Os drogados transformaram-se em "toxicodependentes" (como se os consumos de cerveja e de cocaína se equivalessem!); o aborto eufemizou-se em "interrupção voluntária da gravidez"; os gangues étnicos são "grupos de jovens"; os operários fizeram-se de repente "colaboradores"; e as fábricas, essas, vistas de dentro são "unidades produtivas" e vistas da estranja são "centros de decisão nacionais".O analfabetismo desapareceu da crosta portuguesa, cedendo o passo à"iliteracia" galopante. Desapareceram outrossim dos comboios as classes 1.ª e 2.ª, para não ferir a susceptibilidade social das massas hierarquizadas, mas por imperscrutáveis necessidades de tesouraria continuam a cobrar-se preços distintos nas classes "Conforto" e "Turística".A Ágata, rainha da música pimba, cantava chorosa: «Sou mãe solteira...»; agora, se quiser acompanhar os novos tempos, deve alterar a letra da pungente melodia: «Tenho uma família monoparental...» - eis o novo verso da cançoneta, se quiser fazer jus à modernidade impante.Aquietadas pela televisão, já se não vêem por aí aos pinotes crianças irrequietas e «terroristas»; diz-se modernamente que têm um "comportamento disfuncional hiperactivo". Do mesmo modo, e para felicidade dos "encarregados de educação", os brilhantes programas escolares extinguiram os alunos cábulas; tais estudantes serão, quando muito, "crianças de desenvolvimento instável".Ainda há cegos, infelizmente, mas como a palavra fosse considerada desagradável e até aviltante, quem não vê é considerado "invisual". (O termo é gramaticalmente impróprio, como impróprio seria chamar inauditivos aos surdos - mas o "politicamente correcto" marimba-se para as regras gramaticais...)Para compor o ramalhete e se darem ares, as gentes cultas da praça desbocam-se em "implementações", "posturas pró-activas", "políticas fracturantes" e outros barbarismos da linguagem.E assim linguajamos o Português, vagueando perdidos entre a «correcção política» e o novo-riquismo linguístico.À margem da revolução semântica ficaram as putas. As desgraçadas são ainda agora quem melhor cultiva a língua. Da porta do quarto para dentro, não há "politicamente correcto" que lhes dobre o modo de expressão ou lhes imponha a terminologia nova. Os amantes do idioma pátrio, se o quiserem ouvir pleno de vernaculidade, que se dirijam ao bordel mais próximo. Aí sim, um pénis de 25 centímetros é um "car**** enorme" e nunca um "órgão sexual masculino sobredimensionado"; assim como dos impotentes, coitados, dizem elas castiçamente que "não levantam o pau", e não que sofrem de "disfunção eréctil".

segunda-feira, 7 de novembro de 2005

É convosco que estou

Meus amigos, neste meu dia de aniversário, quero dizer-vos que é convosco que estou e que fico muito feliz por vos ter como amigos.



Muito obrigada pela vossa amizade e pelo apoio que me têm dado nesta fase tão difícil da minha vida. Aqui ficam estas flores para vós.



Adryka

Parabéns a você...


Parabéns querida Adry! Parabéns! :)

quinta-feira, 3 de novembro de 2005

Eu sou uma mulher Escorpião



A MULHER - A mulher de Escorpião tem uma beleza profunda, misteriosa. É atraente, orgulhosa e totalmente confiante. Mas tem uma mágoa secreta. Não nasceu homem. Esta perigosa mulher fatal pode ocultar o seu poder sob um sorriso trêmulo, modos gentis, e a mais angelical das vozes. Ela é capaz de odiar amargamente e de amar com um total abandono.

Esta mulher tem uma certa intimidade que você jamais tocará, uma parte de sua mente e alma que pertence somente a ela e onde ninguém entra. Ela não é falsa, com feito na maior parte das vezes é brutalmente sincera, mas haverá sempre aqueles pensamentos e sentimentos especiais que jamais confiará a você ou a quem quer que seja.

O natural interesse dela pelo sexo oposto pode dar-lhe tanta razão para ter ciúmes dela quanto ela de você. Talvez ela seja um pouco perigosa, mas é inegavelmente excitante