terça-feira, 15 de novembro de 2005

Ensino de excelência


Bom dia amigos,
Quero hoje falar-vos de de duas escolas que conheço por dentro e das quais conheço os resultados.
Aqui em Braga há uma escola e um colégio, que eu considero terem uma organização excelente que, do ponto de vista do cuidado que têm com as crianças, poderiam bem pertencer a qualquer país avançado.
O colégio recebe as crianças desde os 4 meses e fica com elas até ao fim do ensino primário. As crianças são rodeadas de todos os cuidados: há posto médico, psicóloga e nutricionista, que dão um acompanhamento fantástico às crianças. Aparentemente o colégio tem tudo o necessário para uma criança se sentir bem. Há brinquedos de toda a espécie, jogos, teatro, cinema, celebram-se as festas tradicionais. As crianças lá são amadas. Esse colégio pertence a uma paróquia e é dirigido por um padre. Este colégio cuida da educação pré-escolar das crianças.
Quando as crianças chegam à idade de ir para a escola, no caso serem menos seguras da sua nova vida, a educadora e a psicóloga encarregam-se de "entregar" essas crianças à professora primária e, como quem entrega um testemunho, relatam com detalhe a vida dessa criança, assegurando assim que receberá toda a atenção requerida.
Antes das crianças abandonarem o colégio, é organizada uma festa de finalistas, com todo o cuidado: as crianças vão vestidas de capa preta, saia preta e blusa branca, os rapazes no mesmo estilo só que com calça, levam uma cartola na cabeça cheia de fitas. Eu fui assistir à festa da minha sobrinha e fiquei fascinada com tanta organização, pois tratava-se de crianças com idades até 6 anos, mas elas estavam tão bem preparadas que mais pareciam pessoas adultas. Ainda hoje tenho o sorriso da minha sobrinha quando no palco foi receber a pasta e lhe foram lidos os louvores.

Depois vem a escola primária, também com uma organização formidável. A escola abre dois dias mais cedo para receber os pequeninos e para que eles se ambientem à sua nova escola, uma preocupação com as crianças digna de louvor. No segundo dia, quando chegam os "novatos", os meninos do 4º ano vão conhecê-los e apadrinhá-los. Faz-se uma festa no polivalente, e cada um dos pequeninos fica apadrinhado por um dos mais velhos. Ao "padrinho" fica atribuída a tarefa de proteger o "afilhado" respectivo. Claro que isto faz com que as crianças que chegam se sintam protegidas por todos: empregadas da escola, professores e respectivos padrinho ou madrinha. A alimentação é de muito boa qualidade, preocupando-se as funcionárias que as crianças não deixem comida nos pratos.
Há um ATL para os que querem, os meninos com mais dificuldades têm aulas de apoio e há aulas de desporto, extra-horário, um dia por semana. Há também aulas de informática e inglês, desde há vários anos.

Uma vez chegados ao 4º ano, vem de novo a mudança de escola, desta vez com a passagem para irem para o "ciclo preparatório", e voltam de novo os mesmos cuidados: a festa de despedida, sob a forma de almoço de finalistas, o receber das pastas dos louvores. Na escola C+S, a mesma preocupação: a recepção pelos alunos do nono ano, e aí como esses já tem mais um pouquinho de capacidade para saber mimar ofereceram aos pequeninos do 5º ano chocolates. Os "padrinhos" mostram a escola toda aos "novatos", apresentam-lhes as funcionárias, os locais de auxilio até lhes ensinaram o local onde é permitido, imagine-se, namorar …!

Será que as escolas não poderiam funcionar todas assim?! Porque será que isto acontece em instituições que são públicas e noutras, exactamente com o mesmo tipo de tutela, isto não acontece? Porquê? Não parece muito difícil, ou parece?

P.S. Tenho em pastas encadernadas todos os trabalhos da minha sobrinha, que me foram cedidas quer pela escola quer pelo colégio. Vão ao pormenor de incluir os endereços dos amigos de sala. Que coisa fantástica.
Obs. no blog da minha sobrinha http://ocantinhodosdreads.blogspot.com/, tem publicada no post de hoje dia 17 uma foto de uma das peças de teatro que ela representou.

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