sábado, 27 de outubro de 2007

Depressa se apanha um mentiroso... ou a tentação das aparências

Viver das aparências é cada vez mais frequente. Fala-se disso à boca pequena. Acontece com pessoas que conhecemos, que encontramos no dia a dia, mas também acontece com quem só vêmos pelos meios de comunicação de massas.

Sócrates e o seu governo são um dos expoentes máximos do viver para as aparências, atrever-me-ia quase a escrever, paradigma dos políticos modernos.
Do nosso primeiro, ouvimos apregoar com frequência a aposta decisiva na formação e no conhecimento. Uma mentira pode ser repetida muitas vezes, que até alguns se convecerão de que é verdade. O nosso primeiro repete muitas vezes a afirmação nessa aposta, com aquele ar solene e a voz de circunstância, que se lhe reconhece de tanta vez a ouvir. Se a aposta fosse verdadeira, talvez não fosse mau. A realidade, no entanto, encarrega-se, cruelmente, de desmentir as pias intenções.

A mais recente machadada na credibilidade da aposta foi dada pela recente aprovação do pomposo Estatuto do Aluno. Tal estatuto e vai permitir a todos os estudantes do Ensino Secundário que possam faltar quanto queiram, sem qualquer consequência, a não ser o "pesadelo" terrível, de terem de enfrentar uma prova de "recuperação". Grande castigo para os faltosos! Grande incentivo para o trabalho regular, durante o ano, dos estudantes empenhados, que pensei que era algo que se queria incentivar! Grande importância dada às recentes palavras do Presidente da República, de valorizar os docentes e o seu trabalho!

Porque faz isto esta gente (entenda-se, a D. Maria de Lurdes Rodrigues, e os seus muchachos, Valter Lemos e Jorge Pedreira, cujos nomes ficarão gravados a negro na história da educação em Portugal!)? Estarão eles convencidos que isto melhora alguma coisa ao nível do que os alunos aprendem? Não, não creio. Mesmo sendo do mais inepto que o país já viu nesta área, não são assim tão estúpidos. O mal é sempre o mesmo, no tal governo que vive de aparências: vive-se para a estatística conveniente, ou seja, o númerozito que demonstra a qualidade do desempenho governativo. Com tão inteligente medida, baixam-se artificialmente os números do abandono escolar, que não se conseguem combater com tanta facilidade se o caminho sério, e não fosse este.
Já vimos este filme. Ainda há pouco o ministro do emprego desvalorizou um número desfavorável da taxa de emprego, que sucedeu a outro que era mais risonho, esse sim, mais valorizado, porque os bons números demonstram sempre a excepcional qualidade do desempenho governativo, não é verdade?

Pois a D. Maria de Lurdes e os seus muchachitos vão na mesma onda. O que importa são as estatísticas de curto prazo, a oportunidade televisiva, a imagem de um governo sempre em movimento, reformador e reformista, independentemente da reforma ser uma m...!

O tal estatuto não se limita a eliminar as reprovações por faltas. A pena maior para qualquer infracção, independentemente da gravidade, será uma suspensão por 10 dias. Claro, não queremos que o jovem infractor vá engrossar, ainda mais, os números do abandono. Tudo pelos numerozitos convenientes que, no final, lá demonstrarão a competência da D. Lurdes... quem paga são os infelizes que passarão fugazmente pelo ensino, sem nada ganhar dessa passagem, a não ser uns diplomas, que não deverão valer, sequer, o papel em que serão impressos.



Maria de Lurdes, encarnação do demo na educação? Se não é, disfarça bem!


Tudo isto é mais uma oferta da competentíssima equipa do ministério da educação. Esta senhora e os dois ajudantes adicionam mais uma à lista das coisas boas que fizeram pela educção deste país. Podemos referir a alienação completa dos professores, o caso Charrua, os professores atacados por cancro obrigados a leccionar, os casos em que os tribunais condenaram o dito ministério por decisões ilegais, como a repetição dos exames do 12º ano. A tragédia da educação é ter esta gente, que existe para se auto justificar e não para procurar solução para os problemas. Infelizmente, quem paga são as pessoas reais e, a médio e longo prazo, o país!

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

E não foi assim que procedi, quando me pediram ajuda!



Eu tinha-vos avisado que isto ia acontecer. Estou a atravessar uma fase apocalíptica, caí no fundo, bati mesmo no fundo do poço e que lições tenho aprendido, confesso-vos! Fiquei a saber que as pessoas na sua grande maioria são insensíveis, más e crueis, talvez tivesse até precisado de passar por este problema para conhecer a humanidade. As pessoas procuram vingança e vedetismo, cantam em cima de seres destroçados para vingarem o ego delas, só tentam ajudar, mas é se isso lhe der popularidade e as tornar importantes aos olhos da sociedade. Tudo vi, na maioria dos casos e principalmente onde mais deveria ser ajudada e protegida, vi o ódio estampado nos olhos e nos actos e a sede de vingança. Com a minha dor, vi pessoas a sentirem-se vingadas eu não esquecerei isso, mas não procuro vingança, nem tão pouco desejo que elas passem por o que eu tenho passado, talvez eu marque a diferença. Vi também o quero lá saber, mesmo quando, desesperada, pedi ajuda. Eu senti muito, mas mesmo muito, isso pois nunca imaginei que existisse gente assim, e logo essas pessoas são aquelas a quem já dei tudo a quem abri as portas da minha casa e fiz grandes festas para as receber. Dessas pessoas recebi ódio e a sensação de se sentirem vingadas. Nunca fiz mal a ninguém, conscientemente o afirmo, e nesta altura da minha vida não tinha a necessidade de negar o que quer que fosse. Aprendi que o ser humano é mau, que o ser humano tem o seu umbigo como horizonte. Aprendi que as pessoas são cruéis e mesquinhas, salvo uma excepção e dessa pessoa que nunca me abandonou, eu NUNCA, JAMAIS ESQUECEREI. Para arranjar emprego sou muito velha, para me aposentar sou muito jovem . Trabalhei 35 anos em escritório, mais precisamente em contabilidade entre o serviço geral. E de que me valeram tantos conhecimentos? Para arranjar trabalho como doméstica sou muito senhora, e socialmente como sempre vivi num patamar bastante alto, principalmente antes de me casar, e que depois se manteve. Tenho dificuldade em confessar e ser acreditada ou levada a sério quando tento contar que estou a atravessar uma fase difícil. Ouvi algumas vezes : "Estás a brincar! Linda como estás e super bem arranjada!" Ora mas eu para dizer que estou a atravessar uma má fase devo deixar de vestir as minhas roupas e ir á Cruz vermelha pedir roupa, para assim poder impressionar? Não! Eu tenho honra e dignidade e essa ficará comigo para sempre. Aqueles que se queriam vingar de mim podem dormir descansados porque foram vingados e eu lutarei até ao fim para conseguir sair do abismo onde me meteram por incúria e malvadez.
Beijos para todos.

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Liberdade, bem inquestionável

É muito comum, quando se aproxima o 25 de Abril de cada ano, ver as televisões referirem o facto de uma boa parte dos jovens não terem bem ideia do que está associado ao dia em questão.

A verdade é que parece que não são só os jovens que se esqueceram do que de mais importante o 25 de Abril veio trazer: não a liberdade de pensar livremente, porque essa ninguém tira nunca, mas sim a liberdade de expressarmos as nossas opiniões livremente, em qualquer contexto, sem receio de represálias. Várias personalidades do Partido Socialista desempenharam um papel de grande importância na luta pela liberdade, mas o actual secretário geral do PS não parece dar muita importância ao tradicional papel de combatente pela liberdade que se reconhece ao PS.

São muitos os episódios que revelam a incomodidade governamental face a opiniões contrárias. O caso Charrua, o caso da directora do centro de saúde no Minho são do passado. Bem mais recente é a visita policial à sede de um sindicato, associada à classificação de “comunistas” daqueles que têm tido a coragem de se manifestar contra as muitas asneiras deste governo, a quem, que de certezas, só parece restar a auto assumida infalibilidade do nosso grande Primeiro. É uma lamentável visão esta, do histórico PS, combatente pela liberdade em geral em pela liberdade sindical em particular. Igualmente lamentável, e sintoma inquestionável do nosso atraso civilizacional, que algumas pessoas não percebam que, assim que aceitarmos restrições à liberdade de manifestação de opiniões, hoje toca aos outros, mas amanhã tocar-nos-á a nós. Quem aceita que se calem outras vozes só para agradar a quem se gosta, não serve a liberdade.



Sócrates: Será Vergonha? Não parece.


Se quem dirige o governo fosse um pouco mais que um vaidosão, que precisou de obter um título académico nas condições que todo o país conhece, não teria dificuldade em perceber que é mais útil quem discorda do que quem, na maior parte das vezes acefalamente, concorda, só para não desagradar ao chefe. Resquícios, certamente, dum passado que gostaríamos bem distante, mas que a realidade persiste em mostrar-nos bem presente!

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Vamos ter crianças!...


Uma árvore por cada bebé


Por cada bebé que nascer na maternidade da Covilhã vai ser plantada uma árvore num jardim da cidade, adiantou, à agência Lusa, João Casteleiro, presidente do Centro Hospitalar da Cova da Beira (CHCB).

A iniciativa conjunta do hospital e da Câmara Municipal arranca a 20 de Outubro, Dia da Cidade, no Jardim do Lago.

«Daí em diante, a autarquia vai disponibilizar uma árvore por cada nascimento, onde estará identificado o nome de cada bebé. Cada pessoa vai poder acompanhar o crescimento da árvore ao longo da vida», detalha João Casteleiro.

Segundo refere, a acção está incluída num conjunto de iniciativas para promoção da natalidade, com o título «Semana do Bebé», e que vai juntar diversas entidades da cidade.

«Haverá conferências, workshops, espectáculos e concursos envolvendo pais e crianças das escolas da cidade, bem como os profissionais de vários sectores de actividade», explica João Casteleiro.

O programa está ainda a ser ultimado e abrange a Covilhã e Fundão, as duas cidades servidas pelo CHCB.

«A baixa natalidade é um problema generalizado e são necessárias acções que envolvam toda a sociedade para tentar inverter a tendência actual», conclui.

De acordo com o presidente do CHCB, a maternidade do CHCB tem cerca de 700 nascimentos por ano. Até 31 de Dezembro estão previstos entre 250 a 300 partos...

Esta ideia é de realçar em valor absoluto, mas, também, em valor relativo, uma vez que é uma pedrada no charco em que o Ministério da "Saúde" se transformou neste domínio sob a orientação da fúria anti-natalista do actual Ministro que tem levado a "maternidades" se vangloriarem do número de abortos que têm vindo a praticar, que é tão idiota como alguém se orgulhar de ter despejado o seu cantil no deserto!