Tenho muito respeito pelo direito dos professores e de qualquer profissional a lutar pela melhoria da sua condição. Parece-me, no entanto, como encarregada de educação, que há questões muito importantes a discutir, na formação das crianças e adolescentes. Uma das que mais me toca é a da inaceitabilidade dos horários. Em 10 períodos semanais (5 tardes e 5 manhãs), as escolas ocupam 7 a 8. Como estudar toda a matéria da semana, em 2 tardes ou manhãs? Na realidade, o aluno, após ter uma manhã e uma tarde de aulas, tem de estudar a matéria à noite, nos fins-de-semana e nos feriados. E o encarregado de educação, obviamente, também fica refém desse horário. Se aplicássemos tal horário de trabalho aos adultos, teríamos as organizações de direitos humanos, e laborais, a protestar veementemente.
Seria muito mais adequado se as escolas fossem obrigadas a respeitar um horário de estudo de 2 a 3 horas diárias, em tempo útil, que ajudasse os jovens a atingirem o sucesso. Sobre a avaliação dos professores pelos encarregados de educação, parece-me muito bem. Seria ainda melhor que a avaliação se estendesse à escola. No entanto, há que definir claramente objectivos, critérios e pesos relativos. A argumentação habitual sobre a presença dos encarregados de educação nos Conselhos Pedagógicos, nas Assembleias de escola ou nos Conselhos Pedagógicos não colhe, porque a sua opinião não é vinculativa. Concluindo, sou de opinião de que há que definir com firmeza e coragem um papel mais significativo para os encarregados de educação, para que as escolas vão ao encontro do que desejam as famílias. Porque, ao contrário do que afirmam geralmente os professores, há encarregados de educação e alunos que se preocupam
e que desejam alcançar o sucesso, e o seu número é significativo. E fica o repto: Não deveriam as escolas ser geridas por gestores especializados na área da educação?
Não vamos cair agora na onda de que os professores são uns coitadinhos. De quem é a culpa de as nossas crianças terem maus resultados na escola? É dos pais! Fácil atacar e fácil manobrar o povão...Pobre povo que não sabe distinguir o trigo do joio...Se os professores forem bons profissionais o que temem eles!!!
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