terça-feira, 18 de abril de 2006

Poema de um Crente

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Vais na vida andando
-nos dizeres teus-
falando, negando,
Que existe Deus!
E lá vais dizendo
Que o não vês, não sentes...
Não vês que, não vendo,
A ti próprio mentes?

Já viste a beleza
Que o inverno teve
na alva leveza
do cair da neve?

Ouviste algum dia
Ao nascer do Sol
O canto, a alegria
D'algum rouxinol?

Já ouviste o vento
Nas folhas tocar
E no seu lamento
traz ao pensamento
música elementar?

Já viste o sorriso
D'indizível esperança
Desenhado, preciso,
Em rosto de criança?

Já viste algum dia
Lá na serrania
Nos mais altos cumes
Ou nos largos prados
Os tons colorados,
Os doces perfumes,
Os milhões de cores
De múltiplas flores
Qu'alegram a alma
E na manhã calma
Suscitam amores?

Se não viste, és cego!
Não ouviste? És surdo!
Que Deus Ouve-se, Observa-se...
Pois está em nós...E em tudo!


PS: Não sou poeta, nem tenho jeito para a poesia. Mas uma pessoa muito próxima de mim escreveu este poema, que eu achei fantástico, neste final de quadra de Páscoa, que as pessoas comemoram com prazer incrível, mas sem devoção, dizendo não crer em Deus. Nesta imensa simplicidade, vai a grandeza dos crentes.
Os meus parabéns ao autor, José de Portugal.

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