quarta-feira, 29 de novembro de 2006

Curiosidade feminina!...

No sábado à noite um amigo meu foi a uma despedida de solteiro. Éram 16. Este ritual de passagem tem características muito únicas e envolve bebedeira do noivo (e não só) e uma visita a uma "casa de meninas" por parte de todo o grupo de foliões. Acontece que esse amigo, nunca fui apologista das idas às ditas casas, pelo que optou por se negar a ir. Disse-me ele não se incomodar com a existência desses locais, mas não tem necessariamente de os frequentar, pois nada lhe dizem.

Diz-me ele,já pensaste o que é dizer que não, a um grupo de homens adultos (?) com as hormonas "aos saltos"? É uma tarefa muito difícil, pois a pressão social é terrível e a compreensão para esta posição "independente" quase nula. Na melhor das hipóteses ouvem-se coisas como "és um corte" ou "menino da mamã", na pior "és maricas ou quê?!". Não fui, diz-me ele. Só um outro amigo ficou com ele e foram directamente para o Via Rápida.

Quando conversavam no carro a caminho do Via, esse amigo disse-lhe que a maior parte dos que insistiam em ir eram... casados!!! Fiquei perplexo, diz-me ele. Até conseguia perceber que muitos homens tivessem vontade de fazer uma noite de copos e strip mas, mais do que isso, custa mais a entender o que leva os casados a serem os impulsionadores destes comportamentos. Estarão reprimidos? Se sim, porque é que casaram? Ou por que não se divorciam? A sugestão dele foi: que solicitem às respectivas esposas um strip privado envolvendo lingerie sexy e música a condizer, em data surpresa é claro!

Bem, concluo que cada um é livre de fazer o que entender, mas que é difícil manter um comportamento independente nos dias que correm, lá isso é!

Conclusão: já não se pode ser diferente...

quinta-feira, 23 de novembro de 2006

Um desabafo da Adryka


Olá amigos:
Hoje venho cá para me desculpar a vocês, que considero e estimo, pela minha falta de presença nos vossos blogs, que eu tanto gosto de visitar.
Nem todas as alturas que passamos na vida são boas, e nem todas as fases nas nossas vidas são as melhores. Eu estou a atravessar uma fase super má, o que menos tenho é vontade de sair da minha “toca”, onde posso lamber as minhas feridas e não preciso de as mostrar. Sei que me dirão que é errado, que deveria partilhar e viver e ultrapassar. Lá chegarei e vou chegar, acreditem, ou não seja eu uma crente e uma vencedora, que dá luta ás agruras da vida. Sei que sou como Fénix que renasço das cinzas.
Até lá peço que não se afastem de mim, e que perdoem a minha ausência nos vossos blogs, se ela acontecer. Prometo que irei visitar-vos, apesar de mais debilitada emocionalmente, mas irei não com a frequência habitual e que gostaria de ter.
Eu sei que vou voltar a sorrir, que isto não passa de um sonho mau, “um pesadelo” e que quando acordar não vai estar mais aqui a angústia, a amargura e a desolação.
Perdoem-me, mas vocês são muito importantes na minha vida, eu conto com vocês, não dispenso ninguém, cada palavra vossa, é como o alimento e o alento para eu sair desta encruzilhada em que estou metida, é a vocês que irei buscar sabedoria e força para tomar o caminho certo e sair deste complicado cruzamento. Quero tomar a estrada certa e por isso preciso de vocês.
Um grande abraço e um beijo da vossa amiga,
Adryka

domingo, 19 de novembro de 2006

Eu amo tudo o que foi


EU AMO TUDO o que foi,
Tudo o que já não é,
A dor que já me não dói,
A antiga e errónea fé,
O ontem que dor deixou,
O que deixou alegria
Só porque foi, e voou
E hoje é já outro dia.

Autor: Fernando Pessoa

segunda-feira, 13 de novembro de 2006

Pode a guerra ser decidida por votação?



Em semana de derrota eleitoral do partido republicano nos Estados Unidos, parece uma escolha fácil criticar a forma como a administração Bush se comportou no Iraque. A verdade é que já tinha escolhido falar sobre o Iraque, a propósito da condenação de Saddam Hussein, pelo que bem pode a coincidência da derrota eleitoral republicana ser aproveitada para uma pequena reflexão sobre o Iraque e as consequências da forma como toda a questão iraquiana foi gerida.
Desde algum tempo se tornou claro que a ausência de uma estratégia para o pós-guerra no Iraque, associada a alguns erros de gravíssimas consequências (extinção do exército iraquiano logo após a vitória militar contra esse mesmo exército, por exemplo), levou o país ao estado actual de caos e guerra civil. A própria escolha, premeditada, e sempre reafirmada de que a situação podia ser resolvida com um número de tropas substancialmente mais reduzido do que na primeira guerra do Golfo, por exemplo, para tornar a decisão da invasão mais fácil de “digerir” pela opinião pública americana, defendida pelo agora demitido secretário da Defesa, levou a que a “guerrilha” nunca pudesse ter sido contida, nem que as distintas milícias xiitas pudessem ser eliminadas, como deviam ter sido logo de início. Essas milícias são hoje um grande problema, uma vez que são elementos cruciais da guerra civil em curso, constituindo uma das partes desse conflito resultante da luta pelo poder no Iraque do pós-guerra.
Colocando de lado a questão de saber se a decisão de iniciar a guerra ou não foi correcta, parece claro que toda a estratégia que se lhe seguiu foi errada. Essa estratégia, ainda que a posteriori, suscita-me duas reflexões me que interessa discutir aqui.
A primeira reflexão talvez a de maior relevo, tem a ver com a natureza dos sistemas democráticos ocidentais, que num mundo perigoso como o de hoje, em que a guerra, ou pelo menos o uso selectivo da força pode vir a ser necessário, não me parecem particularmente habilitados para nela se envolverem. Como nestes países as eleições ocorrem com regular periodicidade, e não se espera que as volúveis opiniões públicas apoiem envolvimentos militares com elevados custos em termos da vida dos soldados, e com os media, dia após dia, a mostrarem imagens sangrentas do sacrifício diários dessas vidas, esses envolvimentos começam sempre com promessas de envolvimento minimalista, com forças voluntariamente reduzidas em número, com promessas de guerra curta, sofrimento mínimo. Como dificilmente isto se consegue concretizar, à medida que o curso do conflito torna estas promessas ridículas, começa a pressão para a retirada, com o sentimento humano de limitar perdas, pressão essa que é eleitoralmente popular, como agora se constata através da vontade dos democratas, agora maioritários no Congresso, de marcar um calendário para a retirada, transformando todo o sacrifício feito até agora num sacrifício inútil.

Esta debilidade democrática é particularmente perigosa num cenário de países párias como o Irão ou a Coreia do Norte, com acesso a armas nucleares já assegurado ou em vias disso, e em que o recurso a uma acção militar pode ser necessário para assegurar aquilo que a diplomacia não tem conseguido. Mesmo a luta contra o terrorismo islâmico radical, que não padece da mesma fraqueza, pode ser condicionada por esta natureza eleitoralmente impopular dos conflitos, e por políticos que não se importam de aproveitar essa impopularidade para acederem ao poder.

A segunda reflexão tem a ver com a cegueira que a arrogância pode acarretar. A arrogância decorrente de 12 anos de maioria no Congresso levou a que a administração Bush conduzisse a decisão de partir para a guerra e a estratégia de condução da guerra e do pós-guerra sem procurar consensos que sustentassem politicamente a acção dos militares no terreno. Foi a arrogância das maiorias, que se traduz, noutras paragens e noutros cenários, em decisões igualmente infelizes e normalmente sem grande clarividência. A arrogância do auto-convencimento sobre o seu próprio poderio militar levou a que a decisão da guerra fosse tomada de um modo tão divisivo, por oposição ao que se passou no Afeganistão, que condicionou e condiciona, ainda hoje, as opções militares e não militares para a situação a que se chegou.

Saddam Hussein foi condenado à morte. O único aspecto positivo resultante da invasão do Iraque foi o fim do regime de Saddam, que é uma personagem que encarna o que de pior a espécie humana pode dar. Não há qualquer dúvida sobre a natureza assassina, genocida até, do regime a que a invasão pôs fim. Apesar disso, não sei se a decisão de executar Saddam será a mais acertada. Mesmo do ponto de vista do “castigo”, não seria uma longa pena de prisão perpétua uma melhor decisão? Não aproxima esta decisão o regime iraquiano actual do regime a que se pôs fim com a invasão? Será melhor tornar Saddam um mártir para os sunitas, agravando o sentimento de insegurança da minoria sunita iraquiana, que tanto tem contribuído para a situação de quase guerra civil actual? Não seria melhor, até como lição para o futuro, a visão de um Saddam na prisão, despojado da arrogância que exibia enquanto líder supremo do Iraque? Quem ganha com a morte de Saddam?!

terça-feira, 7 de novembro de 2006

Exaltação! Parabéns Adry!

Parabéns querida amiga (irmã), hoje é o teu aniversário!

Desejo que a tua felicidade neste dia dure até ao fim dos tempos. Mereces tudo de bom pois és única, muito especial e porque sempre partilhaste com os teus amigos a alegria que brilha nos teus olhos.

Mais uma vez... Parabéns!

sexta-feira, 3 de novembro de 2006

Lenda será!... E uma tradição.

Em Portugal, o Outono e a chegada definitiva do tempo frio são comemorados no dia 11 de Novembro, Dia de São Martinho. Neste dia, um pouco por todo o país, assam-se castanhas, bebem-se vinho novo e água pé e, em alguns pontos do país, ainda há quem reuna familiares e amigos à volta de uma fogueira ao ar livre...




Mas poucos são aqueles que sabem qual o real significado do Dia de São Martinho, ou mesmo o que é a água pé...

Começando pela história de São Martinho, reza a lenda que, "num dia tempestuoso ia São Martinho, valoroso soldado romano, montado no seu cavalo, quando viu um mendigo quase nu, tremendo de frio, que lhe estendia a mão suplicante... S. Martinho não hesitou: parou o cavalo, poisou a sua mão carinhosamente na do pobre e, em seguida, com a espada cortou ao meio a sua capa de militar, dando metade ao mendigo.



Apesar de mal agasalhado e sob chuva intensa, preparava-se para continuar o seu caminho, cheio de felicidade. Mas, subitamente, a tempestade desfez-se, o céu ficou límpido e um sol de Estio inundou a terra de luz e calor. Diz-se que Deus, para que não se apagasse da memória dos homens o acto de bondade praticado pelo Santo, todos os anos, nessa mesma época, cessa por alguns dias o tempo frio e o céu e a terra sorriem com a benção dum sol quente e miraculoso." É o chamado Verão de São Martinho!"

O costume do Magusto, que tradicionalmente começava no Dia de Todos-os-Santos, é simultaneamente uma comemoração da chegada do Outono e um ritual de origem religiosa: o dia do Santo Bispo de Tours (São Martinho) está historicamente associado à abertura e prova do vinho que é feito em Setembro. A água pé é o resultado da água lançada sobre o bagaço da uva, donde se retira o pouco de mosto que aí se mantém. Esta bebida pode ser consumida em plena fermentação ou, depois disso, adicionando-lhe álcool. Assim, diz o ditado popular "no dia de S. Martinho vai à adega e prova o vinho". No fundo, com o São Martinho e o Magusto comemora-se a proximidade da época natalícia, e mais uma vez, a sabedoria popular é esclarecedora: "dos Santos até ao Natal, é um saltinho de pardal!"

Beijinhos para todos e comam muitas castanhas e bebam muita água pé!...