Escrevo em testamento este poema.Que ele tenha, na angústia com que o ligo, O brilho rutilante duma gema achada nos farrapos de um mendigo. Ao vesperal crespúsculo da vida e sob o olhar é que o componho; Erguendo assim, por minha despedida,O último escalão dum alto sonho. Este poema é dedicado a todos os que como eu tiveram um grande sonho.
quinta-feira, 17 de janeiro de 2008
Um poema
Hoje eu sou aquela que voltou
do continente
a que caminha na praia remota
em plena madrugada
o vento patinando seu cachecol
a fina moça das areias
Hoje sou aquela do sapato perdido
na onda arrematada
a que traga a última réstia da lua
desnuda-se com toda a classe
e deita-se no mar
pra estudar a língua dos peixes
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