quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Um poema


Hoje eu sou aquela que voltou
do continente
a que caminha na praia remota
em plena madrugada
o vento patinando seu cachecol
a fina moça das areias

Hoje sou aquela do sapato perdido
na onda arrematada
a que traga a última réstia da lua
desnuda-se com toda a classe
e deita-se no mar
pra estudar a língua dos peixes

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