Escrevo em testamento este poema.Que ele tenha, na angústia com que o ligo, O brilho rutilante duma gema achada nos farrapos de um mendigo. Ao vesperal crespúsculo da vida e sob o olhar é que o componho; Erguendo assim, por minha despedida,O último escalão dum alto sonho. Este poema é dedicado a todos os que como eu tiveram um grande sonho.
quarta-feira, 14 de setembro de 2005
Vindima
vinhas que eu já vindimei.
Não se me dá que outros logrem
amores que eu já rejeitei.
Fui um ano à vindima,
pagaram-me a trinta réis;
Dei um vintém ao barqueiro, Ai
Fui p´ra casa com dez réis,
Dei um vintém ao barqueiro, Ai,
Fui p'ra casa com dez réis.
Pela folha da vindima,
pagaram-me a trinta réis;
Faço-me desatendida, Ai,
A mim não me escapa nada,
Faço-me desatendida, Ai,
A mim não me escapa nada.
Estou debaixo da latada,
nem à sombra, nem ao sol;
Estou ao pé do meu amor, Ai,
Nã há regalo maior,
Estou ao pé do meu amor, Ai,
Não há regalo maior.
Fonte.
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