domingo, 31 de dezembro de 2006

Feliz 2007


À Vossa...


Saúde


Para ter um feliz 2007 não preciso de:

Fazer lista de boas intenções,
para as arquivar na gaveta;

Chorar arrependida
pelas palermices que vou fazer,
nem parvamente acreditar
que, por decreto de esperança,
a partir de Janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça, no meu lar, entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados,
começando pelo direito augusto de viver.

sábado, 30 de dezembro de 2006

Saddam Hussein enforcado!


Saddam Hussein foi enforcado
30.12.2006 - 07h43



O ex-ditador iraquiano, Saddam Hussein, foi hoje enforcado em Bagdad, às 06h00 locais (03h00 em Lisboa). O Presidente norte-americano, George W. Bush, já fez saber que a execução do ex-Presidente iraquiano é um "marco importante" para a democracia no país (como é que alguém acredita!?).
Isto foi uma vingança de galos onde o Saddam estava de um lado da barricada e o George W. Bush, do outro. Ganhou o George W. Bush. O mundo ficou mais pacífico? quem acredita nisso?

Mas que povo este!...Quem ganhou com isto? O que concluimos com esta decisão!... Pensei que isto não existiria mais entre povos civilizados...
Um embuste, uma vergonha. E logo nesta quadra! Esta decisão é lamentável. Havia a oportunidade de transformar esta situação num exemplo pela positiva. Em vez disso dá-se mais um golpe para a divisão do Iraque.

O George W. Bush,não passa de louco.
Ele o Saddam era um criminoso...E os que o enforcaram?É momento para refletirmos esta monstruosidade, feita a mando dos Países ditos de civílizados!...
Sou contra a pena de morte e então, desta maneira, fico horrorizada.

sexta-feira, 22 de dezembro de 2006

Um desejo de Natal



O que achas Senhor,
Se neste natal eu preparar uma árvore
Bem bonita, dentro do meu coração
E em lugar de presentes e das balas,
Pendurar os nomes de todos os meus amigos?

Os amigos que estão por aqui
E os que estão longe, os antigos e os novos.
Aqueles que vejo todos os dias
E aqueles que vejo muito raramente.

Aqueles dos quais eu sempre me lembro
E aqueles que, às vezes ficam esquecidos.
Aqueles das horas difíceis e dos momentos alegres.
Aqueles que sem querer causei sofrimento
E aqueles que sem querer me fizeram sofrer.

Aqueles que conheço a fundo
E aqueles que conheço só as aparências.
Uma árvore com raízes muito profundas
Para que seus nomes
Não saiam nunca do meu coração.

Uma árvore com galhos bem compridos
Para que os nomes novos vindo de todo o mundo
Se unam às já existentes.
Com uma sombra bem agradável para que nossa
Amizade seja um momento de repouso durante a luta da vida.

segunda-feira, 18 de dezembro de 2006

A quem interessa o lavar de roupa suja?!


É caso para dizer-se: zangam-se as comadres, descobrem-se as verdades!...
Mas isto é caso para tanta palhaçada?!...Isto é o que se chama passar de bela a monstro para uns, e para outros passar de monstro a bela!...
Acham que devemos considerar esta mulher uma mulher de armas, ou antes chamar-lhe uma mulher vingativa e má e que envergonha as mulheres deste mundo que sofrem caladas, por uma questão de dignidade?!
Conheço um ditado que diz: " Quem com putas joga ao vinte, acaba pobre ou pedinte"
Enquanto lhe corria a vida e comia à custa do tal "sub- mundo", a que agora se refere a senhora(!), tudo era bom e tudo eram flores. Agora que deixou de haver quem lhe sustente os luxos, vem emporcalhar a mão que lhe deu o ser... Não fosse o tal (Pinto da Costa) que ela diz que amou ou ama (mas que estranha forma de amar!), ainda hoje seria, talvez, uma alternadeira.
É feio ser ingrata. Não que eu seja uma portista, até porque os que me conhecem sabem que sou Benfiquista, mas vamos lá chamar os bois pelo nome e ser honestos. Para mim, a Carolina Salgado mordeu na mão que lhe deu o pão e que fez dela uma rainha. De todo, abomino estas chantagens, e quem as sustenta não tem qualquer cotação ou dignidade, do meu ponto de vista.
Todos nós já cometemos um erro, uma vez na vida pelo menos. Por mim e não sendo portista, nunca seria capaz de ler tal livro. No meu papel de Benfiquista, abomino esta mulher e o que ela está a fazer, só o faz por despeito, não o faz por uma questão de dignidade ou de defesa do futebol ou, sequer, para tentar limpar o tal "sub-mundo", de que ela fala. Enquanto lhe deram guarida era tudo bom. Não suporto as "Carolinas" deste mundo...

Que fique claro que não simpatizo com o Pinto da Costa.Embora porém neste caso se aplica, o velho ditado que diz: "Diz-me com quem andas, dir-te-ei quem és!",

Pobre Pinto da Costa, que sai desta tão enxovalhado! Ele deveria poupar o clube a estes imbróglios, todo o Futebol sair com a folha muito feia,com esta porcaria toda!...


Mas para mim é evidente que o dinheiro que este livro vai render, é um dinheiro sujo, como o de qualquer negócio sujo!

segunda-feira, 4 de dezembro de 2006

26 anos


Francisco Sá Carneiro e Adelino Amaro da Costa

Completaram-se hoje 26 anos desde um ignominioso dia de Dezembro de 1980. Esse dia é um daqueles dias que não nos saem da memória. Seria um dia como tantos outros, não fosse aquela notícia, que não me sai da memória, à noitinha... E o sobressalto sentido, ainda hoje é vivido, a revolta persiste.

Francisco Sá Carneiro era um verdadeiro líder, um visionário, um homem muito à frente do seu tempo. Como nos fez falta a sua visão, a sua liderança, a sua coragem, a sua frontalidade, ao longo de todos estes anos. Alguns se reclamaram seus herdeiros, nunca ninguém se aproximou, sequer, da sua qualidade, da sua visão, da sua incapacidade para se calar face à mediocridade instalada. Defendeu a economia de mercado quando o mais fácil era defender a estatização. Lutou pela abertura e modernização do sistema político, quando o padrão era outro. Até do ponto de vista dos costumes foi um iconoclasta, não se importando de arrostar com o desagrado do conservadorismo social vigente.

26 depois, e apesar de muitas mudanças, muitas das quais por ela defendidas, já então, uma das maiores evidências do nosso atraso é o facto de ser claro como água que a verdade oficial sobre oque se passou naquele dia de Dezembro de 1980 já não consegue esconder que disso não passa – uma verdade oficial. O encobrimento, com patrocínio do estado, de “companheiros” de governo e partido, do que se passou em Camarate é um triste testemunho de que, no sistema de justiça, pouco mudou desde então. Conservam-se todos os atavismos, todo o terceiro mundismo da justiça formalista, incapaz de apurar, satisfatória e expeditamente, responsabilidades e culpas. É, talvez, um dos melhores paradigmas da necessidade da aplicação do reformismo e coragem política de Sá Carneiro nos dias de hoje.

Sá Carneiro tem hoje, em dia, apesar da divisão ideológica que persiste ainda neste pequeno e terceiro-mundista país, um lugar na mitologia política nacional. É um lugar inteiramente merecido. Tivessemos nós tido, ao longo destes anos, líderes com a coragem, a frontalidade e a vontade e capacidade de reformar um país atrasado que ele tão cedo, evidenciou, e o país seria diferente.
Com ele, naquele 4 de Dezembro já tão distante, mas ainda assim impressionantemente presente, partiu um outro jovem líder que se destacava, Adelino Amaro da Costa. A ambos, bem como aos restantes companheiros da viagem que terminou, obra de mão criminosa, naquele bairro de Camarate, deixo hoje, aqui, a minha homenagem.

quarta-feira, 29 de novembro de 2006

Curiosidade feminina!...

No sábado à noite um amigo meu foi a uma despedida de solteiro. Éram 16. Este ritual de passagem tem características muito únicas e envolve bebedeira do noivo (e não só) e uma visita a uma "casa de meninas" por parte de todo o grupo de foliões. Acontece que esse amigo, nunca fui apologista das idas às ditas casas, pelo que optou por se negar a ir. Disse-me ele não se incomodar com a existência desses locais, mas não tem necessariamente de os frequentar, pois nada lhe dizem.

Diz-me ele,já pensaste o que é dizer que não, a um grupo de homens adultos (?) com as hormonas "aos saltos"? É uma tarefa muito difícil, pois a pressão social é terrível e a compreensão para esta posição "independente" quase nula. Na melhor das hipóteses ouvem-se coisas como "és um corte" ou "menino da mamã", na pior "és maricas ou quê?!". Não fui, diz-me ele. Só um outro amigo ficou com ele e foram directamente para o Via Rápida.

Quando conversavam no carro a caminho do Via, esse amigo disse-lhe que a maior parte dos que insistiam em ir eram... casados!!! Fiquei perplexo, diz-me ele. Até conseguia perceber que muitos homens tivessem vontade de fazer uma noite de copos e strip mas, mais do que isso, custa mais a entender o que leva os casados a serem os impulsionadores destes comportamentos. Estarão reprimidos? Se sim, porque é que casaram? Ou por que não se divorciam? A sugestão dele foi: que solicitem às respectivas esposas um strip privado envolvendo lingerie sexy e música a condizer, em data surpresa é claro!

Bem, concluo que cada um é livre de fazer o que entender, mas que é difícil manter um comportamento independente nos dias que correm, lá isso é!

Conclusão: já não se pode ser diferente...

quinta-feira, 23 de novembro de 2006

Um desabafo da Adryka


Olá amigos:
Hoje venho cá para me desculpar a vocês, que considero e estimo, pela minha falta de presença nos vossos blogs, que eu tanto gosto de visitar.
Nem todas as alturas que passamos na vida são boas, e nem todas as fases nas nossas vidas são as melhores. Eu estou a atravessar uma fase super má, o que menos tenho é vontade de sair da minha “toca”, onde posso lamber as minhas feridas e não preciso de as mostrar. Sei que me dirão que é errado, que deveria partilhar e viver e ultrapassar. Lá chegarei e vou chegar, acreditem, ou não seja eu uma crente e uma vencedora, que dá luta ás agruras da vida. Sei que sou como Fénix que renasço das cinzas.
Até lá peço que não se afastem de mim, e que perdoem a minha ausência nos vossos blogs, se ela acontecer. Prometo que irei visitar-vos, apesar de mais debilitada emocionalmente, mas irei não com a frequência habitual e que gostaria de ter.
Eu sei que vou voltar a sorrir, que isto não passa de um sonho mau, “um pesadelo” e que quando acordar não vai estar mais aqui a angústia, a amargura e a desolação.
Perdoem-me, mas vocês são muito importantes na minha vida, eu conto com vocês, não dispenso ninguém, cada palavra vossa, é como o alimento e o alento para eu sair desta encruzilhada em que estou metida, é a vocês que irei buscar sabedoria e força para tomar o caminho certo e sair deste complicado cruzamento. Quero tomar a estrada certa e por isso preciso de vocês.
Um grande abraço e um beijo da vossa amiga,
Adryka

domingo, 19 de novembro de 2006

Eu amo tudo o que foi


EU AMO TUDO o que foi,
Tudo o que já não é,
A dor que já me não dói,
A antiga e errónea fé,
O ontem que dor deixou,
O que deixou alegria
Só porque foi, e voou
E hoje é já outro dia.

Autor: Fernando Pessoa

segunda-feira, 13 de novembro de 2006

Pode a guerra ser decidida por votação?



Em semana de derrota eleitoral do partido republicano nos Estados Unidos, parece uma escolha fácil criticar a forma como a administração Bush se comportou no Iraque. A verdade é que já tinha escolhido falar sobre o Iraque, a propósito da condenação de Saddam Hussein, pelo que bem pode a coincidência da derrota eleitoral republicana ser aproveitada para uma pequena reflexão sobre o Iraque e as consequências da forma como toda a questão iraquiana foi gerida.
Desde algum tempo se tornou claro que a ausência de uma estratégia para o pós-guerra no Iraque, associada a alguns erros de gravíssimas consequências (extinção do exército iraquiano logo após a vitória militar contra esse mesmo exército, por exemplo), levou o país ao estado actual de caos e guerra civil. A própria escolha, premeditada, e sempre reafirmada de que a situação podia ser resolvida com um número de tropas substancialmente mais reduzido do que na primeira guerra do Golfo, por exemplo, para tornar a decisão da invasão mais fácil de “digerir” pela opinião pública americana, defendida pelo agora demitido secretário da Defesa, levou a que a “guerrilha” nunca pudesse ter sido contida, nem que as distintas milícias xiitas pudessem ser eliminadas, como deviam ter sido logo de início. Essas milícias são hoje um grande problema, uma vez que são elementos cruciais da guerra civil em curso, constituindo uma das partes desse conflito resultante da luta pelo poder no Iraque do pós-guerra.
Colocando de lado a questão de saber se a decisão de iniciar a guerra ou não foi correcta, parece claro que toda a estratégia que se lhe seguiu foi errada. Essa estratégia, ainda que a posteriori, suscita-me duas reflexões me que interessa discutir aqui.
A primeira reflexão talvez a de maior relevo, tem a ver com a natureza dos sistemas democráticos ocidentais, que num mundo perigoso como o de hoje, em que a guerra, ou pelo menos o uso selectivo da força pode vir a ser necessário, não me parecem particularmente habilitados para nela se envolverem. Como nestes países as eleições ocorrem com regular periodicidade, e não se espera que as volúveis opiniões públicas apoiem envolvimentos militares com elevados custos em termos da vida dos soldados, e com os media, dia após dia, a mostrarem imagens sangrentas do sacrifício diários dessas vidas, esses envolvimentos começam sempre com promessas de envolvimento minimalista, com forças voluntariamente reduzidas em número, com promessas de guerra curta, sofrimento mínimo. Como dificilmente isto se consegue concretizar, à medida que o curso do conflito torna estas promessas ridículas, começa a pressão para a retirada, com o sentimento humano de limitar perdas, pressão essa que é eleitoralmente popular, como agora se constata através da vontade dos democratas, agora maioritários no Congresso, de marcar um calendário para a retirada, transformando todo o sacrifício feito até agora num sacrifício inútil.

Esta debilidade democrática é particularmente perigosa num cenário de países párias como o Irão ou a Coreia do Norte, com acesso a armas nucleares já assegurado ou em vias disso, e em que o recurso a uma acção militar pode ser necessário para assegurar aquilo que a diplomacia não tem conseguido. Mesmo a luta contra o terrorismo islâmico radical, que não padece da mesma fraqueza, pode ser condicionada por esta natureza eleitoralmente impopular dos conflitos, e por políticos que não se importam de aproveitar essa impopularidade para acederem ao poder.

A segunda reflexão tem a ver com a cegueira que a arrogância pode acarretar. A arrogância decorrente de 12 anos de maioria no Congresso levou a que a administração Bush conduzisse a decisão de partir para a guerra e a estratégia de condução da guerra e do pós-guerra sem procurar consensos que sustentassem politicamente a acção dos militares no terreno. Foi a arrogância das maiorias, que se traduz, noutras paragens e noutros cenários, em decisões igualmente infelizes e normalmente sem grande clarividência. A arrogância do auto-convencimento sobre o seu próprio poderio militar levou a que a decisão da guerra fosse tomada de um modo tão divisivo, por oposição ao que se passou no Afeganistão, que condicionou e condiciona, ainda hoje, as opções militares e não militares para a situação a que se chegou.

Saddam Hussein foi condenado à morte. O único aspecto positivo resultante da invasão do Iraque foi o fim do regime de Saddam, que é uma personagem que encarna o que de pior a espécie humana pode dar. Não há qualquer dúvida sobre a natureza assassina, genocida até, do regime a que a invasão pôs fim. Apesar disso, não sei se a decisão de executar Saddam será a mais acertada. Mesmo do ponto de vista do “castigo”, não seria uma longa pena de prisão perpétua uma melhor decisão? Não aproxima esta decisão o regime iraquiano actual do regime a que se pôs fim com a invasão? Será melhor tornar Saddam um mártir para os sunitas, agravando o sentimento de insegurança da minoria sunita iraquiana, que tanto tem contribuído para a situação de quase guerra civil actual? Não seria melhor, até como lição para o futuro, a visão de um Saddam na prisão, despojado da arrogância que exibia enquanto líder supremo do Iraque? Quem ganha com a morte de Saddam?!

terça-feira, 7 de novembro de 2006

Exaltação! Parabéns Adry!

Parabéns querida amiga (irmã), hoje é o teu aniversário!

Desejo que a tua felicidade neste dia dure até ao fim dos tempos. Mereces tudo de bom pois és única, muito especial e porque sempre partilhaste com os teus amigos a alegria que brilha nos teus olhos.

Mais uma vez... Parabéns!

sexta-feira, 3 de novembro de 2006

Lenda será!... E uma tradição.

Em Portugal, o Outono e a chegada definitiva do tempo frio são comemorados no dia 11 de Novembro, Dia de São Martinho. Neste dia, um pouco por todo o país, assam-se castanhas, bebem-se vinho novo e água pé e, em alguns pontos do país, ainda há quem reuna familiares e amigos à volta de uma fogueira ao ar livre...




Mas poucos são aqueles que sabem qual o real significado do Dia de São Martinho, ou mesmo o que é a água pé...

Começando pela história de São Martinho, reza a lenda que, "num dia tempestuoso ia São Martinho, valoroso soldado romano, montado no seu cavalo, quando viu um mendigo quase nu, tremendo de frio, que lhe estendia a mão suplicante... S. Martinho não hesitou: parou o cavalo, poisou a sua mão carinhosamente na do pobre e, em seguida, com a espada cortou ao meio a sua capa de militar, dando metade ao mendigo.



Apesar de mal agasalhado e sob chuva intensa, preparava-se para continuar o seu caminho, cheio de felicidade. Mas, subitamente, a tempestade desfez-se, o céu ficou límpido e um sol de Estio inundou a terra de luz e calor. Diz-se que Deus, para que não se apagasse da memória dos homens o acto de bondade praticado pelo Santo, todos os anos, nessa mesma época, cessa por alguns dias o tempo frio e o céu e a terra sorriem com a benção dum sol quente e miraculoso." É o chamado Verão de São Martinho!"

O costume do Magusto, que tradicionalmente começava no Dia de Todos-os-Santos, é simultaneamente uma comemoração da chegada do Outono e um ritual de origem religiosa: o dia do Santo Bispo de Tours (São Martinho) está historicamente associado à abertura e prova do vinho que é feito em Setembro. A água pé é o resultado da água lançada sobre o bagaço da uva, donde se retira o pouco de mosto que aí se mantém. Esta bebida pode ser consumida em plena fermentação ou, depois disso, adicionando-lhe álcool. Assim, diz o ditado popular "no dia de S. Martinho vai à adega e prova o vinho". No fundo, com o São Martinho e o Magusto comemora-se a proximidade da época natalícia, e mais uma vez, a sabedoria popular é esclarecedora: "dos Santos até ao Natal, é um saltinho de pardal!"

Beijinhos para todos e comam muitas castanhas e bebam muita água pé!...

domingo, 29 de outubro de 2006

Vamos salvá-las!

Mulher iraniana a ser preparada para o seu apedrejamento (1992)

O apedrejamento ou a lapidação é uma forma de pena capital em que o "criminoso" (condenado por prostituição, adultério ou assassinato) é morto através das pedras que lhe são atiradas por uma multidão. No Irão, por lei, o tamanho das pedras não pode ser demasiado grande, porque pode provocar morte imediata, nem demasiado pequena, porque não provoca qualquer ferimento grave. O objectivo final desta pena é o de prolongar a dor e a morte do "criminoso".

A lapidação é uma sentença legal praticada para certos crimes em alguns países islâmicos que aplicam a Sharia:

- Irão
- Arábia Saudita
- Emiratos Árabes Unidos
- Nigéria
- Sudão
- Afeganistão (sentença bastante comum durante a era dos Talibã)

O "criminoso" é envolvido num lençol branco e enterrado num buraco até à cintura se for homem, ou até aos ombros se for mulher. Apesar de a lei se aplicar a ambos os géneros, o número de mulheres lapidadas é muito superior ao de homens.

Parisa, Iran, Khayrieh, Shamameh, Kobra, Soghra e Fatemeh são sete mulheres iranianas condenadas à morte por lapidação. O crime: adultério ou prostituição. Podem tentar salvá-las assinando esta petição.

Não nos devemos calar. É preciso denunciar e pressionar os governos que autorizam ou toleram estas práticas bárbaras.

http://www.es.amnesty.org/especial/lapidacion-iran/firma2.php

Contacto Embaixada do Irão em Portugal:

Embaixada da República Islâmica do Irão
R Alto Duque 49 1400 Lisboa
Tel 213010871
Fax 213010777

Ver também: Muçulmanos contra a lapidação.

domingo, 22 de outubro de 2006

Ainda dizem que o sol nasce para todos!...

Recebido por email, vindo de uma querida amiga!

Soube-se a dia 27 de Agosto, no Público que a jovem distinta advogada Vera Sampaio (terminou o curso com média de 10 valores) com uma carreira de "dezenas de anos e larga experiência", foi contratada como assessora pelo membro do Governo Senhor Doutor Manuel Pedro Cunha da Silva Pereira, distinto Ministro da Presidência....
Como a tarefa não é muito cansativa, foi autorizada a continuar a dar aulas numa qualquer universidade privada, onde ganha uns tostões para compor o salário e poder aspirar a ter uma vidinha um pouco mais desafogada.
O facto de ser filha do Senhor Ex-Presidente da República das Bananas, que também dá pelo nome de Portugal, não teve nada a ver com este reconhecimento das suas capacidades, juro pela saúde do Engenheiro Sócrates.



Há famílias a quem a mão do Senhor toca com a sua graça. Ámen .

Neste caso soube-se há tempos que o filhote depois de se ter formado foi logo para consultor da Portugal Telecom, onde certamente porá toda a sua experiência ao serviço de todos nós. Agora, como já ontem se disse, calhou a sorte à maninha e lá vai ela toda lampeira, em part-time, para o desgoverno, onde certamente porá toda a sua experiência ao serviço de todos nós. E o papá para não fugir à regra, depois de escavacar uns bons centos de milhares de euros, na remodelação do um palacete ali para a Ajuda, onde instalará um gabinete, para onde será transportado pelo nosso carro, com o nosso motorista e onde certamente porá toda a sua experiência ao serviço de todos nós.
Falta arranjar um tacho para a matriarca que de momento tem que se contentar com os da cozinha.

Isto tudo passa-se num sítio mal frequentado, onde um milhão e duzentas mil pessoas vivem com uma reforma abaixo dos 375 Euros por mês.
Parece mentira, não parece?

ESTE É APENAS UM CASO, ENTRE MUITOS, QUE TÊM SIDO REVELADOS E DIVULGADOS ATRAVÉS DA INTERNET... PORQUE AS TELEVISÕES DESTE PAÍS ESTÃO BEM CONTROLADAS POR UMA FORÇA OCULTA... DIZEM TODAS O MESMO...SEMPRE MAIS DO MESMO... E O MESMO DEMAIS...E NO FIM SABEMOS O MESMO DE NADA...E ISTO TEM ACONTECIDO EM TODOS OS GOVERNOS.... )
ISTO NÃO É SÓ PUBLICIDADE, É UMA MERA REALIDADE

Beijinhos para todos

segunda-feira, 16 de outubro de 2006

Palavras Sábias


O nosso maior erro consiste em tentarmos colher de cada pessoa em particular as virtudes que elas não têm, e de nos esquecermos de cultivar as que de facto são suas.

Marguerite Yourcenar

quarta-feira, 11 de outubro de 2006

Não há almoços de borla... nem férias à custa do Ministério da Saúde


O ministro promete que com as taxas moderadoras, situações como as da figura jamais ocorrerão!


A expressão é conhecida – não há almoços de borla. O significado também é conhecido – tudo tem um custo e alguém terá de o pagar, mesmo se não é quem beneficia das ditas borlas. A expressão ocorreu-me quando li, hoje, a previsão anunciada pelo ministro da saúde, dos custos das taxas moderadoras que o expedito ministro se prepara para introduzir, desta vez para moderar o uso de cirurgias e internamentos nos hospitais públicos.
A primeira nota é que fico a saber que os portugueses, esses danadinhos, afinal pelam-se por uma operaçãozita e por uns dias passados no tranquilo, acolhedor e recatado ambiente duma unidade hospitalar. Sim, porque se assim não fosse, não havia necessidade de o ministro, profundo conhecedor da realidade hospitalar do país, vir agora a introduzir medidas destinadas a “moderar” esse consumo. Se modera é porque ele é excessivo, principalmente excessivo para o esforçado orçamento do estado. Assim, a mensagem que o ministro passa aos malandrecos dos portugueses, que tinham já agendada uma semanita de férias na melhor enfermaria do hospital local, é esta: “Pois, pensavam que era de borla, não?! Agora vão ter de pagar qualquer coisita, mas fiquem tranquilos, sempre será mais baratinho que uma diária no Ritz, no Sheraton ou no Méridien, com a vantagem da comida ser garantidamente mais saudável. Faremos o possível para aumentar, ainda, a já conhecida qualidade dos nossos serviços de hospedagem, para que ao aumento de custo corresponde uma melhoria do serviço”.
Mas porque uma subida nunca vem só, não são só esses malvados, que querem descansar à custa do estado, que têm esta surpresa desagradável. Esses “doentes”, masoquistas, que enchem as nossas listas de espera, à procura de serem cortados, retalhados, cauterizados, ponteados e agrafados, também esses vão deixar de poder usufruir desse prazer à custa do incauto contribuinte. Sim, esses infelizes que se pelam por uma cirurgia que, como todos sabemos, é uma coisa que na maior parte dos casos adoramos fazer, também eles , se querem continuar a usufruir desse mórbido prazer, vão ter de pagar.
E assim, com estas cirúrgicas medidas, se resolve o problema do défice da saúde! ... ... ... hehehe, hehehe, quase vos enganava. Confessem lá, por um instante pensaram que isto resolvia mesmo o problema do financiamento da saúde, não?! Afinal, os portugueses, esses inveterados utilizadores voluntários e prazenteiros dos serviços de saúde públicos, vão apenas pagar 16 milhões de euros com as medidas de moderação do consumo destes serviços, reconhecida e universalmente populares.
16 milhões?! 16 milhões?! ORA, SÓ 16 MILHÕES?! Mas.. isso não é nada! Claro que não é nada!... se atendermos a que esses 16 milhões vão essencialmente ser pagos por quem não pode recorrer à medicina privada (onde as “taxas moderadoras” são um pouquinho mais elevadas). E ainda parece menos se pensarmos que, possivelmente na única medida em que este governo poupa os automobilistas, as famosíssimas SCUT’s, se vão gastar cerca de 700 milhões de euros por ano.

Estranho país. Enquanto uns andam de borla em novíssimas auto estradas, outros pagam para serem internados e operados. Podem acusar-me de demagogia, mas que há algo de profundamente errado com estas prioridades governativas, isso não pode ser negado! E assim vai a teoria da coesão social, posta em prática por um governo socialista, no crepúsculo deste Ano da Graça de 2006.

quinta-feira, 5 de outubro de 2006

Carnaval dos Animais

(Aviso: o aniversário da Maresia é festejado aqui, por isso não deixem de passar pelo Memória de Mulher)



Se nos próximos dias publicarem nos vossos blogs, posts relacionados com animais, deixem um aviso na caixa de comentários. Farei um round up de links para os vossos blogs neste mesmo post para deleite dos amantes dos animais.

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A Doga do Santos Passos
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O Negrito e o Sky2 do Agostinho - vídeo aqui.

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No blog da Patinha leiam a estória do Max, aqui.

quarta-feira, 27 de setembro de 2006

Porquê?!

Onde há inveja e rivalidade, também há desordem e toda a espécie de más acções. Mas a sabedoria que vem do alto é pura, pacífica, compreensiva e generosa, cheia de misericórdia e de boas obras, imparcial e sem hipocrisia.O fruto da justiça semeia-se na paz para todos os que praticam a paz.





De onde vêm as guerras? De onde procedem os conflitos entre nós? Não é, precisamente, das paixões que temos? Cobiçamos e nada conseguimos: então assassinamos, física e moralmente. Somos invejosos e não podemos obter nada: então entramos em conflitos e guerras. Nada temos, porque nada pedimos. Pedimos e não recebemos, porque pedimos mal, pois o que pedimos é para satisfação das nossas paixões.

Culpamos Deus por todas as nossas desgraças, quando nós somos pessoas livres de decidir a nossa vida. Quantas vezes nos zangamos com Deus e lhe viramos as costas e só nas horas de dor nos lembramos dele!?... Porque somos assim? Porque invejamos sempre quem está acima de nós? Sei que nem todos são assim, mas uma grande maioria é. Infelizmente esta é a realidade...

Esta é uma verdade real,que muito me magoa!...

domingo, 24 de setembro de 2006

Recordo-te como eras...

Recordo-te como eras no Outono passado.
Eras a boina cinzenta e o coração em calma.
Nos teus olhos lutavam as chamas do crepúsculo.
E as folhas caíam na água da tua alma.

Fincada nos meus braços como uma trepadeira,
as folhas recolhiam a tua voz lenta e em calma.
Fogueira de estupor onde a minha sede ardia.
Doce jacinto azul torcido sobre a minha alma.

Sinto viajar os teus olhos e é distante o Outono:
boina cinzenta, voz de pássaro e coração de casa
para onde emigravam os meus profundos desejos
e caíam os meus beijos alegres como brasas.

Céu visto de um navio. Campo visto dos montes:
a lembrança é de luz, de fumo, de lago em calma!
Para lá dos teus olhos ardiam os crepúsculos.
Folhas secas de Outono giravam na tua alma

Pablo Neruda

sábado, 16 de setembro de 2006

Uma geração de medrosos?


(podem pôr um fim às vossas fobias, investindo neste fato de criança à prova de germes e radiação)

É normal (e desejável) os pais preocuparem-se com a saúde, a segurança e o futuro dos seus filhos. Mas por vezes essa preocupação torna-se numa obsessão no que diz respeito a rotinas diárias. Uma boa parte dos pais parecem esperar que algo de muito grave vai acontecer às suas crianças - alguns especialistas usam mesmo o termo "paranóia parental".

Embora as estatísticas provem que as crianças estão mais seguras nos dias que correm, os pais parecem cada vez mais preocupados com o que pode acontecer aos seus filhos e menos confiantes nas suas capacidades parentais.

Mas vários estudos revelaram que as crianças com pais super-protectores tendem a ser medrosas e introvertidas. Quando adultas são facilmente influenciadas por outros e podem sofrer de depressão e ansiedade.

Por isso, não devemos esquecer a importância da aprendizagem, através da experiência e dos erros que cometemos - aquele joelho esfolado ensinou-me a não fazer acobracias com a bicicleta. É necessário que as crianças (com a supervisão adequada) explorem o meio que as rodeia e que descubram por si próprias a solução para muitos dos seus problemas e as lições nas suas pequenas aventuras.

O objectivo final da educação é o de criar um adulto independente e não um eterno adolescente que depende de forma contínua dos pais e receia a sociedade. O medo não pode ser a emoção dominante numa relação pai-filho ou adulto-criança.

segunda-feira, 11 de setembro de 2006

A Terra dos Homens Livres

Esta é uma homenagem simples a um povo, a uma nação, que há 5 anos foi alvo de um ataque covarde, virado contra cidadãos inocentes, que mais não faziam do que iniciar um novo dia de trabalho.

Quem foi atacado no dia 11 de Setembro de 2001 foi a América. A América generosa, que ajudou a Europa em duas guerras mundiais e a livrou do fascismo. A América financiadora da reconstrução europeia do pós guerra, a América que permitiu o desenvolvimento europeu e a libertação da asfixia comunista, a América pátria de muitas pátrias, a América “melting-pot”, de italianos, irlandeses, mexicanos, cubanos, eslavos, e de tantas outras nacionalidades. A América da liberdade onde, até hoje, os muçulmanos que lá vivem fazem-no, apesar de tudo, com liberdade e respeito, e não recorrem ao terrorismo, como acontece noutras latitudes (que melhor exemplo de tolerância e liberdade religiosa?!). A América que foi atacada é a América da liberdade científica e do desenvolvimento tecnológico, da economia pujante, locomotiva do mundo. A América que, generosamente, sacrificou os seus filhos na Flandres, nas praias da Normandia, mas também nos desertos do Kuwait, em Beirute ou na Somália.

A América que foi atacada foi-o por ser grande em tudo, nas coisas boas, também nalgumas coisas menos boas, mas sobretudo grande na liberdade, grande no sacrifício. A América foi atacada precisamente porque essa liberdade, de que todos gostosamente usufruímos, é também uma fraqueza, como desgraçadamente comprovámos em Madrid ou em Londres. O nosso futuro está e estará necessariamente ligado ao dessa América, admirável, tantas vezes mesquinhamente odiada, por ser, no bem, mas também nalgumas coisas menos boas, uma referência do Ocidente.

A essa América, terra de homens livres, terra dos bravos, presto hoje a minha homenagem.

quinta-feira, 7 de setembro de 2006

Vais aprender a não chorar...

Colômbia

Burma

Palestina

R. D. Congo

Libéria

Há muitas formas de abusar de uma criança. Na minha opinião, podemos testemunhar a forma mais atroz de abuso infantil em vários conflitos armados em África, na América do Sul, no Médio Oriente e na Ásia. Desde cedo, crianças e adolescentes aprendem a assassinar, torturar, raptar ou até a cometer o suícidio em nome de uma causa.

Na última década morreram 2 milhões de crianças em conflitos armados e 6 milhões ficaram gravemente feridas. Falamos de crianças que foram assassinadas, violadas ou exploradas como soldados. A ONU estima que neste momento há 250 000 crianças envolvidas de forma activa em conflitos armados.

O minímo que se espera de um indivíduo, de um partido, de uma organização, de um país, será a condenação do recrutamento de crianças e jovens adolescentes por parte de grupos, guerrilhas ou governos envolvidos em conflitos armados. Os que semeiam o ódio e prejudicam de forma violenta o futuro de várias gerações devem ser (pelo menos) denunciados.

Podem obter mais informação aqui.

Este post vem a propósito do apoio descarado do PCP às FARC - movimento terrorista colombiano que recrutou e recruta para as suas fileiras milhares de crianças.

sexta-feira, 1 de setembro de 2006

E a máscara vai caindo...


O presidente do Irão. O parceiro é desconhecido...


O prazo dado pelo Conselho de Segurança da ONU ao Irão para cessar as suas actividades de enriquecimento de urânio terminou ontem. O discurso dos líderes iranianos, em particular do seu, apenas aparentemente anedótico, presidente continua “firme e hirto”. O Irão, por sua vontade, não cessará as suas actividades na nada secreta procura da obtenção da arma nuclear, não tendo qualquer problema em ignorar as resoluções do Conselho de Segurança da ONU.
No plano interno, a linha dura do xiismo religioso vai perdendo a sua face mais cordata. Nas escolas iranianas começou já a separação física de homens e mulheres, nos locais até hoje frequentados, num ambiente “quasi-ocidental” começam a surgir outras restrições, como a proibição de as mulheres poderem fumar em público, ou a instituição de regras sobre o que devem vestir. Outros sinais reveladores são as recentemente iniciadas operações de confiscação das antenas de satélite que permitiam aos cidadãos iranianos o acesso aos meios de informação não controlados pelo estado...
Os sinais são claros e vão sendo assumidos com maior naturalidade pelo regime iraniano. A máscara de um regime fundamentalista vai caindo. No Líbano, depois de uma guerra iniciada em consequência de acções do movimento por si apoiado e financiado, os catalizadores da destruição financiam agora a reconstrução do Líbano, prosseguindo na sua batalha pelos “corações libaneses”, atráves da entrega de dinheiro aos cidadãos que viram bens destruídos em consequência da guerra (o que, de novo, por si só, nada teria de mal, apesar da ironia de se ter quem financiou o movimento que desencadeou a guerra a financiar a reparação de alguns dos danos materiais que dela resultaram).
Uma coisa é clara, desde já. Há um regime fundamentalista no Irão, que tem pretensões de dominação regional, que procura activamente a arma nuclear, que tem seguido uma estratégia discreta, inteligente, mas eficaz, para atingir os seus objectivos. As consequências para o equilibrio regional e até para o bem estar económico, para a paz no Ocidente, (de que fazemos parte) que poderiam resultar da obtenção da arma nuclear não são difíceis de imaginar.
Ironicamente, o regime sunita de Saddam Hussein sempre funcionou com um factor de contenção do expansionismo xiita iraniano. Com a invasão americana esse papel terminou. Infelizmente, há outra consequência muito negativa: a ameaça de uma solução militar para a resolução do problema nuclear iraniano saiu fortemente prejudicada pelo isolacionismo americano no avanço para a guerra no Iraque. O problema é que dificilmente haverá solução não militar para este problema e, até Israel, que no passado tinha terminado com uma situação similar no Iraque, não parece em grande posição para poder dar a ajuda necessária... As consequências podem ser graves. Fundamentalismo religioso e bomba atómica não são a associação mais tranquila para o Ocidente... e para as monarquias árabes do Golfo que asseguram um dos bens essencias para a evolução económica desse mesmo Ocidente.

quarta-feira, 16 de agosto de 2006

Vencedores ou vencidos?


As hostilidades parecem ter terminado no sul do Líbano e no Norte de Israel. De cada um dos lados saíram os habituais discursos de vitória. O Hezbollah resistiu mais do que o que qualquer espectador poderia esperar e surge, pelo menos aos olhos da opinião pública árabe e islâmica, como alguém que proporcionou ao “poderoso” exército israelita, pelo menos, uma não vitória, algo que não é muito habitual.
De Israel, apesar de um evidente mal estar pelas visíveis dificuldades sentidas por um exército que, até aqui, tinha uma reputação de invencibilidade intocável, os políticos (quem, senão eles?!) declaram vitória, face ao programado avanço do exército libanês para o Sul do Líbano, bem como de uma força militar da ONU, que tem mandato para desarmar o Hezbollah.

Será mesmo assim? Ganharam ambos? Há mais certezas sobre quem perdeu... O Líbano e os libaneses, certamente. Com boa parte das suas infra-estruturas perdidas, o Líbano recuou muitos anos face aos progressos feitos desde o fim da guerra civil. A isto devem acrescentar-se os frios números: um milhar de mortos, milhares de feridos, 1 milhões de desalojados... O futuro próximo imprevisível...

Israel perdeu, certamente. Para além dos seus próprios mortos, em menor número, mas não certamente menos importantes para os directamente afectados, fica a incapacidade aparente das suas forças armadas para eliminar uma “mera” força de guerrilha. Que impacto poderá isso ter nos problemas levantados pelos seus vizinhos no futuro próximo, só o futuro o dirá. Ficou aparente, também, a fragilidade da liderança política e militar israelita, hesitante, incapaz de avançar de modo militarmente determinado, confiante na superioridade tecnológica das suas forças, o que redundou na “não vitória” militar (uma novidade para Israel) e na derrota clamorosa nos media ocidentais, sempre mais vocacionados para noticiar o que se vê à superfície (a destruição física no Líbano) do que a covardia de uma força que usa zonas civis para lançar ataques contra populações civis também, arrastando para cima dessas zonas civis com a resposta do adversário, certa de que a batalha dos media seria assim facilmente ganha (como veio a acontecer).

A Europa é outro derrotado desta guerra. Politicamente inexistente enquanto tal, incapaz de perceber o que está em jogo, aceitou tratar Israel ao mesmo nível do Hezbollah, uma organização terrorista que tem no seu historial raptos de estrangeiros, desvio de aviões, atentados bombistas em embaixadas e outros centros de interesse judaicos. Olhando para o lado em relação ao uso de zonas civis para lançar ataques contra Israel, ao uso de civis como escudos humanos, não distinguindo a diferença de objectivos entre uma organização terrorista e um estado democrático, a Europa mostrou que ainda não percebeu o que está em jogo. A respectiva opinião pública também não o percebeu e desdobrou-se em manifestações espúrias e ridículas, abaixo-assinados virtuais, para parar a “destruição israelita” do Líbano. A duplicidade moral de tal comportamento é, para mim, o sinal de que a Europa já perdeu nesta guerra contra o islamismo radical, porque não percebe o que está em jogo, desde a luta de Israel pela própria sobrevivência, até às intenções de recuperação do Waqf islâmico destes islamistas, com o visível recurso destes a todos os meios para o conseguir (de que os recentes planos abortados para explodir uma dezena de voos transatlânticos são um bom exemplo). Na guerra contra o islamismo radical, já se percebeu qual o lado fraco, o lado que não quer fazer sacrifícios, o lado que aceita a cedência à chantagem terrorista.

Há a esperança de que o Hezbollah possa sair também como um derrotado. Com a mobilização do exército Libanês para o Sul e a instalação de uma força da ONU, que pode levar ao desarmamento do milícia terrorista, pode ser que os Libaneses finalmente culpabilizem o Hezbollah por ter desencadeado uma guerra que teve o Líbano e a sua população como os mais afectados e os maiores e mais claros perdedores.. Pode ser que, finalmente, o Hezbollah seja forçado a aceitar a autoridade do governo legítimo do Líbano e deixe de ser um estado dentro do estado. Se assim for, para a paz na região, talvez algo de positivo possa ter saído deste conflito, quer para libaneses, quer para israelitas. Certamente o preço a pagar terá sido alto, mas só na Europa está interiorizada a ideia de que tudo se pode conseguir sem grandes sacrifícios, ou com o sacrifício dos “suspeitos do costume”. Um bom exemplo é o nosso pequeno “Portugal” e a habitual esquerda bem pensante, com a sua epidérmica reacção à possibilidade de participação de militares nacionais na força da ONU. Gostamos da prosperidade económica do Europa em que nos incluímos, é chato é pagar o preço…

sexta-feira, 11 de agosto de 2006

Carnaval dos Cães



Se nos próximos dias publicarem nos vossos blogs, posts relacionados com cães, deixem um aviso na caixa de comentários. Farei um round up de links para os vossos blogs neste mesmo post para deleite dos amantes de cães.

Anterior:
Carnaval dos Gatos

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A bebé da Mikas:




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Da nossa Adry, o Fofo:

Nunca gostei de ver pessoas de cabelo preso, e então cá vai disto sei que é uma trabalheira que me dá e tirar esta coisa mas depois de muita luta consigo e querem saber elas fartavam-se de rir, esta é a melga que me pôs o nome de fofo.Agora tou um pouco mais velhote já não me dou tanto a estas frescuras .
Ora umas lambidelas para a amiga da minha dona Elise.



Apresento-me: Chamo-me fofo, nada de confusões este nome foi coisa de uma betinha mas adiante, detesto que pensem porque sou baixo não posso ver o que os grandes vêm. Ora pois mas não pensem que sou mal educado, pois não toquei só queria ver! Depois a minha dona tirou-me esta foto que tal.

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A Linda, também da nossa Adry:



Olá, apresento-me chamo-me Linda, estou um pouco gorda, mas detesto ginásio. os meus donos põe-me de dieta, mas eu não suporto essa loucura, então vou á comida de uma mimalha da casa (a gata Kika) e o fofo gosta de se armar em esquisito não há problemas que eu vou também comer a comida dele. O resultado é vir de castigo para o terraço. A minha vida não tem sido fácil, fui abandonada, depois estes donos trouxeram-me para aqui, mas já tenho tido uns problemas. Uma unha da pata trazeira começou a crescer e furou-me o peito da pata, quando a minha dona foi ver ai que dores, ela cortou-me a unha e sacou-a ai o que me fartei de chorar, agora aqui há dias andava eu a jardinar espetou-se um pau na minha vista foi um horror, quando a minha dona viu tirou-o mas fiquei cega dessa vista. Mas a vida continua. Detesto só uma coisa que me fazem vejam só onde já se viu dão me banho e logo a mim. Ai que raiva. Uma lambida para a amiga da minha protectora Elise.
Eu n/ sou uma lambidelas como é o refilão do Fofo (se isto é nome de cão) que anda sempre a lamber tudo e todos, até a mim me chateia com tanta lamechice.

terça-feira, 8 de agosto de 2006

Vida a dois não é tarefa fácil.

Todos irão concordar comigo que um relacionamento amoroso, seja ele qual for consiste em ajuda mútua, amor recíproco e um infinito somatório de qualidades e interesses. E, levando em consideração o aspecto de soma e crescimento mútuo que ele deveria proporcionar, torna-se, no mínimo incompatível, algumas atitudes que alguns tomam, tão logo passam a enamorar-se. Ações por vezes inconseqüentes e que num breve futuro podem trazer mais inconvenientes que benefícios, ainda mais numa época em que a efemeridade nos relacionamentos é crescente.

Uma destas ações e a que vejo com mais freqüência é o afastamento dos amigos. Os casais isolam-se num mundo próprio, ignorando os que antes os acolhiam e os auxiliavam nas más horas. Festas e atividades que costumeiramente davam prazer a ambos deixam de serem feitas junto aos amigos, apenas para agradar uma postura egoísta e insegura do parceiro. A incoerência chega a ser tão grande que telefonemas deixam de ser dados, segredos que nunca antes eram guardados passam a ser, desfazendo-se aos poucos os elos de amizade obtidos a custo de muito tempo e esforço.

Além do próprio relacionamento, quem mais perde com isso é a amizade, quase sempre mais duradoura e fiel que o relacionamento sustentado nos pilares da insegurança e intolerância. Desta forma pense muito antes de se separar dos seus amigos. Largar o futebol do domingo com o pessoal amigo ou o gelado apenas com as amigas no sábado à tarde, pode ter conseqüências muito maiores e mais cruéis no longo prazo do que as que conseguimos imaginar. E caso ainda decida largar, tem a certeza de que sabes o que estás fazer, pois eles podem não estar mais ao nosso lado, quando nós mais precisar-mos deles.precisar-mos deles. Nunca se feche numa derroma, converse com aqueles que mais confia e conte a alguém os seus problemas, divida não guarde tudo num saco! Pois um dia esse saco será uma bomba contra si.
Beijinhos a todos

sexta-feira, 4 de agosto de 2006

Carnaval dos Gatos



Se nos próximos dias publicarem nos vossos blogs, posts relacionados com gatos, deixem um aviso na caixa de comentários. Farei um round up de links para os vossos blogs neste mesmo post para deleite dos amantes de gatos.

Aviso: caso não apreciem gatos, para a semana é a vez do Carnaval dos Cães :)

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A Kika, da nossa Adry

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A gatinha da amiga Áurea


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E os gatinhos deste post no blog da Mikas




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As minhas gatinhas:

segunda-feira, 31 de julho de 2006

Imagens de Braga, O Brasão e sua descrição!




É linda! muito linda, limpa e muito jovem...Apesar do centro histórico,com a sua traça antiga!

O Brasão
Escudo Peninsular de azul, a imagem de Santa Maria ( Nossa Senhora vestida com uma túnica de púrpura e com manta azul ceruleo, coroada à antiga de prata, tendo um lírio de sua cor na mão dextra e sustentando o Menino Jesus , no braço sinistro), ladeada de duas torres de prata, lavradas de negro, e acompanhadas em chefe de três escudos de portugal – antigo ( de prata, cinco escudetes de azul, postos em cruz, cada escudete carregado de cinco besantes de prata – coroa mural de cinco torres, de prata, na prata, na parte inferior um listel com a legenda «braga».

quarta-feira, 26 de julho de 2006

Ciência e Ética



Algures, num futuro não muito longínquo

- Bem vindo ao Supermercado Eugenia. Como posso ajudar?
- Queremos um bebé.
- De que tipo? Rapaz, rapariga? De designer? Clonado? Talvez um dos nossos modelos patenteados de trabalhadores?
- Um normal... deste tamanho, acho!
- Cor do cabelo? QI? Esperança de vida? Atlético? Passivo ou agressivo?
- Parece-te que há algo de muito errado aqui?

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A Eugenia deve ter limites?

sábado, 22 de julho de 2006

A guerra contra o islamismo radical

Os telejornais, tantas vezes fonte de inspiração para este blog, abrem sucessivamente com imagens do Líbano. Imagens de destruição, de desespero, de notícias das chegadas de ocidentais que fugiram ao horror da guerra, tantos com palavras duras para a “desproporcionada” reacção israelita. À primeira vista, é difícil não atribuir a culpa a Israel. Afinal, isto começou só porque 3 soldados foram raptados?! 3 soldados! Mas será mesmo assim?
Não se deve ver este post como uma apologia da guerra, mas talvez seja difícil a quem, felizmente, como o Ocidente, em particular a Europa, vive há tantos anos em paz, perceber as razões de Israel. E, no entanto, Israel trava, hoje em dia, uma batalha de uma guerra de que pode muito bem depender o futuro do Ocidente, paraíso de liberdades e de prosperidade económica. E a guerra é simplesmente a guerra contra o fanatismo islâmico, nesta situação protagonizado via Hamas na Palestina e Hezbollah no Líbano, movimentos financiados, armados, instigados pelo país que, numa das poucas certeiras análises de George Bush, é hoje o maior protagonista do chamado ‘Eixo do Mal’ – o Irão.
O Irão é o país que tem resistido a todas as tentativas internacionais para parar com o desenvolvimento de armas atómicas. É o país que tem defendido que o Holocausto não existiu. É o país que defende a exterminação de Israel enquanto pais, que armou uma milícia de fanáticos islamistas com armas capazes de bombardear a 3ª. cidade mais importante da única democracia parlamentar do Médio Oriente (que pensaríamos nós se Braga fosse bombardeada a partir da fronteira espanhola?!!!).
A guerra que Israel trava é contra esse regime que oprime os seus próprios cidadãos aliado de outro país com as mesma orientação (a Síria), que é um baluarte da disseminação de uma intolerância étnica e religiosa, que é inaceitável neste início de Sec. XXI. Talvez fosse bom que isto estivesse presente quando facilmente se critica Israel, apesar do inevitável lamento que nos provocam as imagens da destruição que hoje atinge o Líbano.

Bom fim de semana.

domingo, 16 de julho de 2006

O Gato


(A minha gata Preta, uma portista dorminhoca)


Vem cá, meu belo gato, aqui no meu regaço,

Guarda essas garras devagar,

E nos teus olhos de ágata e aço

Deixa-me aos poucos mergulhar.

Quando meus dedos cobrem de carícias

Tua cabeça e o dócil torso,

E minha mão se embriaga nas delícias

De afagar-te o eléctrico dorso,

Em sonho a vejo. Seu olhar, profundo

Como o teu, amável felino,

Qual dardo dilacera e fere fundo,

E, dos pés a cabeça, um fino

Ar subtil, um perfume que envenena

Envolvem-lhe a carne morena.



Autoria: Charles Baudelaire

quinta-feira, 13 de julho de 2006

É verão vamos brincar!

A mulher não traí...Vinga-se

VINGANÇA FEMININA 1:

Um homem gozava sempre a sua mulher que era loira. Um dia, ele passou na
casa de amigos para que eles o acompanhassem até o aeroporto,
porque a mulher ia viajar. Como sempre gozava com ela, ele disse na
frente de
todo o grupo:
- Amor, traz uma francesinha de Paris pra mim?
Ela abaixou a cabeça e embarcou muito chateada. A mulher passou quinze
dias na França. O marido pediu aos amigos que o acompanhassem novamente
ao aeroporto. Ao chegar lá, ele perguntou á mulher:
- Amor, trouxes-te a minha francesinha?
Ela disse:
- Eu fiz o possível. Agora só tens de rezar para nascer menina!



VINGANÇA FEMININA 2:

Um casal está passear pela praia, ela pede para que ele lhe compre um
biquíni.
- Com esse corpo de máquina de lavar? Nem pensar!
Continuam a caminhar, e ela insiste:
- Bom, então compras-me um vestido? Ele responde:
- Com esse corpo de máquina de lavar? Nem pensar!!
Passa o dia... À noite, já na cama, o marido vira-se para a esposa e
pergunta-lhe:
- E aí, mulher? Vamos botar a máquina de lavar a funcionar?
A mulher, com ar de desprezo, responde:
- Para lavar só esse pedacinho de pano?
Ah...! Lava à mão mesmo, que dá menos trabalho!


VINGANÇA FEMININA 3:

A velhinha pergunta para o marido moribundo:
- Meu bem, depois de 40 anos de casado, satisfaz-me uma curiosidade.
Já me trais-te alguma vez?
- Sim, querida! Uma única vez! Lembras-te quando eu trabalhava na
Nestlé,e tinha uma secretária chamada Margarida?
- Sim, lembro!
- Pois é, aquele corpo já foi todinho meu!
E após alguns segundos, ele pergunta:
- E tu, minha velha, já me traiste alguma vez?
- Sim, meu bem! Uma única vez! Lembras-te quando a gente morava na Vila
Andrade, em frente ao Corpo de Bombeiros?
- Sim... Lembro-me! - responde o moribundo.
- Pois é... Aquele corpo já foi todinho meu!



VINGANÇA FEMININA 4:

O marido estava no seu leito de morte e chamou a mulher. Com voz rouca
e já fraca, disse-lhe:
- Meu bem... Chega-te para mais perto... Eu quero fazer-te uma confissão!
- Não, não - respondeu a mulher. - Sossega aí. Tu não te podes esforçar.
- Mas mulher - insistiu o marido.
- Eu preciso de morrer...em paz!Eu quero confessar-te uma coisa!
- Está bem, está bem! Podes falar!
- É o seguinte... Eu fiz amor... Com a tua irmã... Com a tua mãe
e....Com a tua melhor amiga!
- Eu sei, eu sei - disse e mulher.
- Foi por isso que eu te envenenei, meu amor...!

NUNCA SUBESTIME AS MULHERES!

domingo, 9 de julho de 2006

O Relógio


Dali

O Relógio
Vinícius de Moraes/Paulo Soledade


Passa tempo, tic-tac

Tic-tac, passa hora
Chega logo, tic-tac
Tic-tac, vai-te embora
Passa, tempo
Bem depressa
Não atrasa
Não demora
Que já estou
Muito cansado
E já perdi toda alegria
De fazer meu tic-tac
Dia e noite
Noite e dia
Tic-tac
Tic-tac
Dia e noite
Noite e dia

quinta-feira, 6 de julho de 2006

Banda larga... e largos custos..


A entrada dos clientes de banda larga


Foi noticia recente a “conclusão” da cobertura de todo o país em banda larga, com a ligação da última central da PT, coincidentemente ou talvez não, localizada em Canhestros, Ferreira do Alentejo. Como não podia deixar de ser, o primeiro ministro, presente, exultou com o sucedido, comparando a importância da banda larga ao da electricidade nos séculos XVIII e XIX.

Apesar de não partilhar o primo-ministerial exagero relativamente à comparação entre electricidade e banda larga, é positivo saber que até mesmo os cidadãos da remota Ferreira do Alentejo já podem entusiasmar-se com as delícias da Internet: passar horas em chats para combater a solidão, enviar emails para todo o mundo, falar no Messenger com a vizinha do lado, entregar o IRS pela net, ou até, quem sabe, receber a mais pura e actualizada informação de lugares tão interessantes como o portal do governo ou o sítio da Assembleia da República. Ainda mais interessante é que o possam fazer a velocidades de banda larga e a custos reduzidos.

Esperem aí, eu escrevi "a custos reduzidos"? Peço que me desculpem, deixei-me levar pelo entusiasmo do próprio primeiro ministro, e do seu ilustre ajudante, o ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações (sim, é esse mesmo em que estão a pensar, o nosso auto-intitulado grande iberista). Sim, porque os cidadãos servidos pela tecnologicamente retocada central de Canhestros, estão sujeitos às canhestras tabelas de preços do operador público de telecomunicações, que obriga a que para aceder a velocidades de 512 Kb (uma das mais estreitas velocidades da larga banda), tenham de desembolsar 40 euros, dos quais 15 são o aluguer mensal da linha da PT), enquanto nas áreas servidas pelos operadores privados, conseguem-se acessos a velocidades bem mais altas a preços consideravelmente mais baixos – 30 euros por 4 Mbit).

Será que custa muito a perceber que, num país como o nosso, se é importante que exista a possibilidade tecnológica do acesso em banda larga, o custo desse acesso desempenha um papel importante na respectiva massificação? Em lugar de louvar o operador público, cujas contas registam pesados lucros, o governo prestaria um enorme serviço à generalização do acesso à Internet em banda larga se combatesse, por via do público regulador do sector, a Anacom, as estratégias da PT para manter artificialmente alto o custo desse acesso? Não se choca o governo por um operador privado oferecer um custo 25% inferior ao do operador público de telecomunicações e em condições tecnologicamente mais favoráveis?!!

Obrigar o operador incumbente a universalizar o acesso por via da redução de custos seria uma medida sensata, pelo menos tão importante como a generalização da possibilidade tecnológica de todos termos banda larga. Custa, assim, a perceber porque não é isso feito. Além do mais, a publicitação de tal medida daria uma bonita sessão propagandística, com grande cobertura mediática e com a satisfação de todos os que ainda estão sujeitos à tirania do operador público.

segunda-feira, 3 de julho de 2006

Sei que ainda vou voltar



Chico Buarque e Tom Jobim -Sabiá

quinta-feira, 29 de junho de 2006

Um reflexão interessante, recebida por email. Leiam tudo!

BANDEIRAS DE PORTUGAL NAS JANELAS
Cá por mim, vou pôr uma Bandeira na janela, quando:
- Portugal deixar de ser o país da Europa com maior indice de abandono escolar, analfabetismo e corrupção
- Em Portugal, ninguém que trabalhe ou queira trabalhar ou tenha trabalhado toda a vida, ou que não possa trabalhar, passe fome
- O desemprego não for um designio nacional
- A classe política deixar de ser maioritariamente composta por incompetentes patéticos – Se construírem menos Centros Comerciais maiores da Europa do que Centros de Saúde, Hospitais, Escolas e Infantários
- Na ESBAL, os alunos não tenham que ir para as aulas com um balde, para apanhar a água que escorre dos tectos
- Não se tiver que retirar os pianos de uma sala de uma Escola Superior de Música, porque o chão ameaça ruir
- Os morangos com açúcar sejam exclusivamente uma sobremesa
- Acabar a pouca vergonha do Estado (com o dinheiro dos cidadãos) gastar 3.500.000€ com transportes dos deputados e milhares de cidadãos não terem dinheiro nem para comprar o passe
- As crianças e os velhos forem tratados com dignidade, pelos pais, filhos, professores, educadores, instituições e políticos
- Os papás ensinarem as crianças que os Professores devem ser respeitados
- Todos os professores forem competentes
- A polícia deixar de fingir que não vê as lutas de pit-bull nas diversas Trafarias do país, bem como as corridas a 250 Km/h em várias Pontes Vasco da Gama do país, às 6ªs feiras à noite
- As televisões entenderem que, ao transformar os incêndios em grandes espectáculos de variedades, estão a transformar os incendiários em realizadores e produtores de grandes programas de televisão, o que os enche de vaidade e é altamente motivador
- Se investigar como é que aquele senhor arranjou dinheiro para comprar o Ferrari
- A violência doméstica, a pedofilia, a violação e todos os crimes cometidos contra crianças, forem punidos com 50 anos de cadeia
- Os novos submarinos forem trocados por equipamento para apetrechar condignamente todos os hospitais e escolas do país, e com o que sobra, se comprar tractores e traineiras.
- Os Portugueses perceberem que as figuras do CONTRA-INFORMAÇÃO, não são caricaturas, mas o retrato fiel das pessoas retratadas.
Os bebés das mães portuguesas, deixarem de ir nascer a Badajoz
- A selvajaria anual de Barrancos acabar por falta de espectadores
- Os jornais, revistas, programas de rádio e de televisão, chamados desportivos souberem que, além do futebol, se praticam mais 347 outros desportos e que mesmo no futebol, há outros Clubes além do Sporting, do Benfica e do Porto
- Não houver 19 causas nº 1 de morte em Portugal, conforme o idiota que estiver na altura a ser entrevistado na televisão ou na rádio
- O Joel Costa, que faz crónicas na Antena 2, for condecorado no Dia de Portugal, em vez do Mourinho


- Não houver ninguém a afirmar que há 700.000 portugueses com reumatismo, 1 milhão com asma, 500.000 impotentes, 350.000 c/ osteoporose, 800.000 c/ transaminase pélvica, 430.000 c/ tuberculose, 685.000 c/ deficiência renal, 6.780.000 c/hipertensão, 2 milhões c/sinusite claustrofóbica, 843.000 c/ panarícios isquémicos galopantes, 2.400.000 c/ problemas auditivos, 300.000 com hérnias discais, 210.000 c/ béri-béri abdominal, 780.000 c/ diversos tipos de cancro 600.000 c/ hipersíase traqueovisceral crónica, para preocupar as pessoas com a prevenção e os médicos cobrarem 80 € por consulta
-Não houver nenhum 1º Ministro que tenha a lata de abandonar o País à má fila, em plena crise, para ir sofregamente atrás de um qualquer tacho mais aliciante
- A gripe das aves não tiver direito a mais do que 1 minuto de tempo de antena, por mês, incluindo a informação de que morreram 1 indonésio e 2 chineses, quando nos 5 segundos que demorou a noticia, morreram mais de 700.000 pessoas com outras 250 doenças e 300.000 crianças morreram de fome, de malária e de cólera em África
- Nenhum governante tiver o desplante de dizer que "abriu a época oficial de incêndios
-- O nº de óbitos motivados por incompetência ou negligência médica for zero
- A TVI encerrar por total falta de audiência
- O Estado, e os homens do espectáculo, pedirem desculpas públicas, póstumas, ao José Viana
- A população não eleger para Presidentes de Câmara indivíduos fugidos à justiça
- A maioria dos Jornalistas souber falar e escrever português, e deixar de fazer constantemente perguntas idiotas aos entrevistados
- Houver, no estrangeiro, tantas pessoas que conheçam o Eusébio, o Figo Cristiano Ronaldo e o Mourinho, como o Camões, o Prof. Agostinho da Silva, O Maestro Vitorino de Almeida, O Prof. Vitorino Nemésio, o Fernando Pessoa e muitos, muitos outros que nunca deram um pontapé numa bola.
- Houver tantos Portugueses que sabem quem são, a Maria João Pires e a Helena Vieira da Silva como os que sabem quem são o Pinto da Costa, o Valentim Loureiro, o Luís Filipe Vieira, o Manuel Goucha, a Cátia Vanessa, o Abrunhosa, a Júlia Pinheiro, a Quicas Vanzeler, e o Mantorras
- As Helenas Vieira da Silva não tiverem que emigrar para fazer carreira em países civilizados
-O peixe não chegar às mesas de quem o pode comprar 10 vezes mais caro do que foi vendido nas lotas, para que mais pessoas o possam comer e menos intermediários se possam encher
-Os caçadores deixarem de, sistematicamente, abandonar os cães, no fim da época da caça ou, forem presos se o fizerem
- Os autores dos programas infantis de televisão, perceberem que uma criança não é um atrasado mental
- Os pequenos e médios Empresários Portugueses não comprarem o 2º Mercedes e a casinha no Algarve, antes de pagarem os ordenados que devem aos Trabalhadores, as facturas que devem aos fornecedores, e as contribuições que devem à Segurança Social e ao Fisco
- Os projectos Aeroporto da Ota e TGV tiverem sido unicamente brincadeiras de mau gosto
- O Estado e as Câmaras Municipais pagarem os milhões que devem aos Fornecedores e outras Entidades credoras
-Se o Estado for condenado a pagar indemnizações, devidas a erros cometidos pelos Governantes individualmente, elas sejam pagas do bolso desses governantes responsáveis e não pelo Estado, pois o dinheiro do Estado é de nós todos e não fomos nós que fizemos a asneira
- Os alunos dos diversos graus de ensino, passarem de ano por terem tido notas para isso e não porque os papás apresentaram recursos idiotas e os Professores e os membros dos Conselhos Directivos tenham medo de perder o Emprego
- As milhentas estações de rádio e as televisões, que só divulgam Anjos, Batnavó, Clãs, Papaossos, Toutaver, Andacáquésminha, Blindtreta, Tarantantan, Fuckyou, Put your finger in my ass, Alex's e Toni's, Magdas Vanessas, Cátias Tampinhas, Carlas Bzz e mais 3.500 grupos e "artistas" da nossa praça, utilizarem 10 minutinhos por dia a divulgar a música dos Mozarts, dos Beethovens, dos Schuberts, dos Tchaikovskys, dos Verdis, dos Puccinis e de mais 50000 compositores que se entretiveram, no seu tempo a fazer música (a musiquinha ainda não tinha sido inventada) e os Gershwin's, os Bernsteins, os Casals, os Rodrigos e muitos outros que fizeram música, mesmo depois das musiquinhas terem sido inventadas
Nenhum ministro, nenhum professor, nenhum jornalista disser tênhamos ou possamos
- Não for possível ouvir no noticiário de uma rádio uma "jornalista" dizer frases como esta: "A Câmara de Lisboa tem um projecto para a construção de um viaduto sobre o bairro da Graça, para facilitar o tráfico no local", ou outros 500 dizerem que "Um batalhão da GNR vai para Timor, sobre o comando do Major Lopes da Silva" ou outros 1500 dizerem : "O Ministro Lopes
da Silva foi um dos primeiros que chegou ao local do incêndio"
-Houver mais pessoas a ouvir os Madredeus do que o Quim Barreiros
- Não for possível assistir ao espectáculo degradante, porque hipócrita, de ver candidatos a eleições, nos Mercados a dar beijinhos às peixeiras, (obviamente, na maioria dos casos, completamente enojados)
- - Não for possível assistir ao espectáculo deprimente, com direito a transmissão em directo pela televisão, de um 1º Ministro ir a Troia, com toda a comitiva, para a varanda de um apartamento alugado e pago com o dinheiro dos nossos impostos, carregar num detonador faz-de-conta (de cartão e esferovite), para teatralizar a implosão de um prédio abandonado, como se se tratasse do lançamento de uma nave para a lua, com 3 astronautas portugueses a bordo
- As obras públicas, que são pagas com o nosso dinheiro, deixarem de custar sistemáticamente mais do dobro do que foi orçamentado e adjudicado e que a palavra "derrapagem" seja substituída pela palavra "roubo"
-Nas greves, deixe de ser possível, sistemáticamente, o Governo ou as Administrações das Empresas dizerem que houve uma adesão de 15% e os Sindicatos dizerem que a adesão foi de 95% (um deles, ou os dois, estão a fazer de nós, palhaços)
- Os Polícias não tiverem medo dos Ladrões, os ladrões tiverem medo dos polícias e os cidadãos normais não tiverem medo dos polícias
- Figuras ridículas do tipo Zés Castelo Branco, Cinhas e outros Jardins, Hermans Josés (pós 1995) Lilis Caneças e mais 5.000 figuras destas que aparecem na televisão e nas Revistas, bem como os Editores das mesmas, estiverem internadas em Unidades de Saúde Mental
- O Sr. Marques Mendes não tiver a lata de criticar o sr. Sócrates por ter aumentado o IVA de 19% para 21%, e de vender património, quando no Governo anterior, da cor dele, a primeira medida que foi tomada, foi aumentar o IVA de 17% para 19%.e ao longo do mandato, só não se ter vendido a Torre de Belém, os Jerónimos e o Convento de Mafra porque não apareceu nenhum dos grandes Empresários da nossa praça, interessado, já que nenhum destes edificios dá para transformar em Centro Comercial
- Os médicos fizerem greve para obrigar os Governos a dar condições de assistência digna aos cidadãos, em vez de as fazerem exclusivamente por motivos de dinheiro
-Os professores fizerem greve para obrigar os Governos a transformar o ensino numa actividade digna para eles e para os alunos e não só por motivos de dinheiro e outros interesses pessoais
- Os Trabalhadores e os Médicos que validam baixas fraudulentas, forem presos
- As Empresas deixarem de adulterar as Contas, para fugir ao Fisco
- Os Professores Fernandos Páduas e outros, derem uma trégua às campanhas histéricas anti-tabaco e começarem uma campanha anti-alcool, que é incomparavelmente mais prejudicial à Sociedade do que o tabaco (mesmo que eles bebam que nem esponjas).
- As áreas de serviço das auto-estradas deixarem de ter clientes, por as pessoas não gostarem de ser escandalosamente exploradas
- Não houver mais telemóveis topo de gama do que cidadãos
- Todos os comentadores da bola que debitam verdadeiros tratados de futebol na televisão e na rádio e escrevem nos pasquins, forem contratados para treinadores dos maiores clubes, pois só assim esses clubes podem ser todos campeões
- Os médicos deixarem de se pavonear nos corredores e nos bares dos hospitais, com o estetoscópio pendurado ao pescoço, pelo mesmo motivo porque os informáticos não andam com o rato, as costureiras não andam com a fita métrica, os boxeurs não andam com as luvas de boxe, os jogadores de snooker não andam com os tacos e os bombeiros não andam com as mangueiras
- Os milhentos dirigentes das milhentas Fundações, fizerem alguma coisa útil, além de receber o ordenado
- Não for verdade que os Deputados faltaram em massa ao trabalho para irem passar um fim-de-semana prolongado, ao Algarve e isso ser a coisa mais natural da vida
- Nenhum médico operar o pé esquerdo, são, de um doente que tinha um problema grave no pé direito e, no fim, justificar-se com: "até foi bom, porque assim, já não vai ter o problema no pé esquerdo" sem ser imediatamente expulso da Ordem dos Médicos
- Só houver palhaços, nos circos
- A Publicidade enganosa levar os anunciantes, à prisão
- Os projectos de construção forem efectuados por Arquitectos e Engenheiros, e os construtores civis só tratarem da construção
- Se souber o resultado de UM SÓ dos inquéritos que se diz terem sido levantados a diversas figuras públicas e Entidades oficiais, pela presunção de diversos crimes
- Nas clínicas privadas a grande maioria dos partos deixar de ser feita por cesariana com data marcada, porque uma cesariana factura muito mais e dá muito mais honorários ao médico, do que um parto natural
- As jóias, os Rolls, os Ferrari, os Maserati, os Porshe, os Veleiros, os Rolex, os telemóveis topo de gama, as lagostas, o caviar, os visons, etc, forem taxados a 500% de IVA , os automóveis de 1000cc, a 5% e as batatas, o arroz, o azeite, o leite, o açúcar, a fruta, as couves, o pão, os ovos, os frangos, e os transportes públicos, a zero.
- Encontrar num restaurante ou num café em Portugal, mais empregados portugueses do que brasileiros
- Os fumadores, que querem deixar de fumar, perceberem que os medicamentos e produtos anti-tabaco que apareceram, de repente, no mercado, como barabuntas e que custam balúrdios, são óptimos para enganar os papalvos e encher os Laboratórios ainda com mais lucros
- O futebol voltar a ser um desporto
- Os nossos deficientes que vão aos Jogos Paralímpicos, não precisem de andar previamente a fazer peditórios públicos para arranjarem dinheiro para as despesas de deslocação aos mesmos e tenham direito a ser falados em caixa alta, nos jornais, nas rádios e nas televisões, quando estão a competir e quando regressam, carregados de medalhas (ou não)
- No dia da partida para o Rali LISBOA-DAKAR, a 1ª página d'A BOLA (que tem a lata de se chamar de jornal desportivo), não seja totalmente preenchida com uma fotografia gigante do Nuno Gomes e o título "O HOMEM DO ANO"
- As ementas dos restaurantes no Algarve estiverem escritas em português
- Entre os indivíduos que têm poder para instalar sinais de trânsito, não haja nenhum pateta
- Ninguém for ao aeroporto, à chegada da selecção nacional, eliminada do campeonato do mundo, só para ofender selvaticamente o seleccionador nacional
- Nas escolas de condução se ensinar as pessoas a conduzir, em vez de ensinar a fazer inversão de marcha, a arrumar o carro e a não deixar o motor ir a baixo
- Os Joões Pintos, os Sabrosas, os Decos, que proliferam no futebol português. apanharem 20 jogos de suspensão, cada vez que simulam um penalty, da mesma forma que quem rouba uma carteira vai preso
- Os meus filhos e todos os outros Portugueses da sua geração, puderem planear a vida a mais de 3 meses e os meus netos e os dos outros Portugueses, tiverem alguma perspectiva de viver um futuro com dignidade
- E por fim, quando conseguir uma consulta de Dermatologia no Hospital Egas Moniz, que pedi há mais de um ano
No dia em que tudo isto, ou quase tudo isto, acontecer, juro que ponho Bandeiras de Portugal bem grandes em todas as janelas da minha casa (se ainda tiver casa, se a casa ainda tiver janelas e se Portugal ainda existir)
mesmo que a selecçãol NÃO SEJA apurada para a segunda fase do Mundial de Futebol !
Até lá, fico recolhido em casa com as janelas bem fechadas, cobertas com cortinados bem opacos
profundamente envergonhado

Recebido de António Resende